
“Oi, sou eu de novo.” Com essa singela introdução, o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) provocou mais um estrago ao governo Lula (PT) nas redes sociais.
Tendo inaugurado em 14 de janeiro, com o caso do Pix, o modelo do eu sentado diante do celular com um fundo escuro, uma música tensa e um roteiro bem pensado, Nikolas chegou até a noite desta segunda-feira (12) a 136 milhões de espectadores da sua nova obra —em que afirma ser a fraude no INSS o “maior escândalo de corrupção” da história do país.
Escândalo, claro, que cai todo na conta de Lula e zero na de Jair Bolsonaro.
Para além da discussão sobre culpados e omissos da história, é notável como nas redes o placar é devastador para o governo.
Nikolas foi o deputado mais votado do país. Na Câmara, atua na linha de frente bolsonarista, diferentemente de outros próceres da internet que empalideceram ao chegarem ao Congresso.
É nas redes, porém, que ele tem sido o Lamine Yamal da direita.
O vídeo do Pix teve 332 milhões de visualizações no Instagram. Entre esse caso e o do INSS ele tentou emplacar outro sucesso, dessa vez defendendo a anistia ao 8 de janeiro e chegando ao frenesi felliniano de comparar a pichadora Débora Rodrigues do Santos a Rosa Parks.
Atingiu apenas 59 milhões de espectadores. Um viral “menor” para os padrões nikolianos.
Diante desse repertório, lulistas se apressaram em rebater o pequeno gênio, quase todos copiando-lhe o estilo.
Erika Hilton (PSOL-SP) o fez logo após o vídeo do Pix. Teve 105 mil visualizações. Agora, no caso INSS, a lista incluiu deputados e os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Vinicius Marques de Carvalho (CGU), que replicaram também o vídeo “As Cartas não Mentem”, com Bolsonaro como o grande vilão da história.
Quase nenhuma dessas peças superou 500 mil visualizações. André Janones (Avante-MG) teve o maior êxito, com 3,3 milhões de espectadores.
Nikolas está para completar 29 anos. Sua obra parece estar só começando.
Fonte: Folha de S. Paulo
Fonte: Diário Do Brasil