O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira (23) que houve no Brasil desabastecimento de vacinas da covid de 16 a 22 de outubro.
Segundo o órgão, a situação foi “momentânea” e não significou um desabastecimento generalizado do insumo. Cerca de 1,2 milhão de doses começaram a ser distribuídas.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também informou ter começado a comprar 69 milhões de doses da vacina contra a doença. A quantidade deve suprir a demanda dos próximos anos, segundo o órgão.
O Ministério da Saúde não informou sobre a situação de vacinas vencidas. Em nota, disse que iria distribuir 1,2 milhão de doses esta semana e, assim, regularizar o estoque, sem mencionar a validade das mesmas.
A gestão disse que, quando assumiu em 2023, depois do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), houve um desabastecimento generalizado de vacinas infantis. Além da covid, para a prevenção de doenças como tuberculose (BCG) e poliomelite.
O comunicado do governo foi divulgado nesta quarta (23) depois de reportagem do jornal Folha de S. Paulo noticiar que cerca de 4,2 milhões de doses do imunizante da Moderna que estão no estoque do ministério estavam vencidas. A quantidade representaria ⅓ do lote.
O cenário, segundo a reportagem, teria deixado Estados e municípios sem vacinas, especialmente àquelas para o público infantil. A Moderna estaria substituindo as doses por outras com validade estendida.
Leia abaixo a íntegra da nota do Ministério da Saúde:
“Não há falta generalizada de vacinas no Brasil. Houve um desabastecimento momentâneo de vacinas contra Covid-19 no país, entre os dias 16/10, data de vencimento das doses, e o dia de ontem (22/10).
“1,2 milhão de vacinas já começaram a ser distribuídas na data de ontem aos estados. São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, por exemplo, receberão a partir de hoje (23/10) essas vacinas.
“Dessa forma, até o final desta semana (25/10) todos os estados terão recebido suas doses. Além disso, já está em execução uma nova compra de 69 milhões de doses que garantirá o abastecimento de vacinas pelos próximos dois anos.
“Isso proporcionou também uma redução de aproximadamente 28% no preço da dose unitária, sendo um dos menores preços do mundo. Por exemplo, os EUA pagam até US$ 30 por dose, enquanto o Brasil paga US$ 7 por dose.
“Em 2023, quando assumimos a gestão, havia desabastecimento generalizado de vacinas como a Covid pediátrica (pfizer e coronavac), BCG (tuberculose), Hepatite-B, Poliomielite oral, e Tríplice Viral (Sarampo, rubéola e Caxumba). Além de problemas na gestão anterior, algumas dessas vacinas encontram-se em falta no mercado mundial, e outras apresentam desafios de produção nacional.
“Para garantir a vacinação de nossas crianças, algumas vacinas como a Meningo-C e a DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche) puderam ser substituídas por outras vacinas, como a Pentavalente e a Meningo- ACWY, respectivamente. Em relação à vacina contra Varicela, foi feita aquisição emergencial de 2,7 milhões de doses e a previsão é que as primeiras remessas cheguem em novembro. Paralelamente, está e curso processo de compra regular. No caso das vacinas contra Febre Amarela, 6,5 milhões de doses devem chegar em novembro.”
Com informações de Poder 360
Fonte: Diário do Brasil Noticiais