Os resultados do experimento foram surpreendentes, com uma semelhança de 85% no nível das respostas da IA comparado com o dos humanos

Imagem: gerada por inteligência artificial DALL-E/ Nayra Teles

A inteligência artificial já domina várias funções e tem sido amplamente utilizada na rotina de algumas pessoas. Mas engana-se quem acha que a tecnologia está pronta. Pesquisadores do mundo todo tem aperfeiçoado as IAs constantemente. Este cenário levanta algumas questões. Qual será o limite da ferramenta (se é que existirá um)? E será que uma inteligência artificial poderá copiar personalidades e se comportar como um verdadeiro ser humano?

IA agiu de forma muito semelhante aos humanos

Esta última questão foi respondida por um experimento realizado por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e profissionais do Google DeepMind. Para isso, foram analisadas mais de mil pessoas dispostas a que sua personalidade e ideias se tornassem ‘agentes de simulação’.

Ferramenta foi capaz de criar uma cópia digital do comportamento das pessoas (Imagem: Yuichiro Chino/Shutterstock)

A pesquisa reuniu 1.052 participantes para responder uma entrevista de cerca de duas horas com diversos temas, incluindo pensamentos a respeito de problemas sociais e até mesmo sobre suas histórias de vida. Todo esse material foi gravado e usado para gerar agentes de simulação, ou seja, uma espécie de “cópia digital” do comportamento dessas pessoas.

Após, foram realizados testes com a tecnologia para que os resultados fossem comparados com o experimento em humanos. Os resultados, publicados no arXiv, foram surpreendentes, com uma semelhança de 85% no nível das respostas.

IA está cada vez mais parecida com os humanos (Imagem: Adrian Vidal/iStock)

Dilemas éticos envolvidos no assunto

  • Fazer com que uma IA imite parte dos pensamentos e da personalidade humana pode ser muito vantajoso para a ciência, uma vez que pode não ser mais necessário o uso de humanos em determinados experimentos.
  • Por outro lado, isso gera alguns dilemas éticos, já que os dados computados pelas ferramentas são apenas partes da personalidade humana simulada em um meio digital.
  • Como o nível de precisão nos testes não é de 100%, ainda há a probabilidade que as tecnologias tomem decisões que um humano normalmente não tomaria, seja para o bem ou para mal.
  • Ao mesmo tempo, isso pode tornar as deepfakes ainda mais realistas e difíceis de serem detectadas.

Fonte Olhar Digital

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IA é capaz de replicar personalidade humana em apenas duas horas, diz pesquisa