Desde o início do ano, o Pantanal tem cerca de 1,3 milhão de hectares afetados devido às queimadas. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).
Já entre a última segunda-feira, 5, e esta terça-feira, 6, o fogo devastou mais de 100 mil hectares, ou cerca de 8,7%, do bioma. A instituição emitiu um alerta de perigo meteorológico de fogo para a Bacia do Alto Paraguai até o próximo sábado, 10.
De acordo com os dados mais recentes, a maior parte da região enfrenta risco extremo de incêndios de grandes proporções. As chamas são difíceis de combater, até mesmo com recursos aéreos, devido à alta velocidade de propagação do fogo.
Monitoramento do Pantanal
O mês de agosto do bioma começou marcado pelo céu avermelhado e por filhotes de onça carbonizados. As imagens invadiram as redes sociais, todas registradas em Mato Grosso do Sul. O último boletim do governo estadual aponta seis focos de incêndio ativos e duas áreas sob monitoramento.
Um foco de incêndio na região da Nhecolândia, em Corumbá, preocupa devido à rápida expansão causada por intensas rajadas de vento. O Parque Estadual do Rio Negro e áreas ribeirinhas estão sob ameaça. Já na região de Albuquerque, também em Corumbá, a prioridade é proteger áreas habitadas e garantir a segurança das pessoas.
Incêndios próximos a áreas de preservação
O fogo na região se estendeu até uma área próxima à Fazenda Caiman, em Aquidauana. No local, filhotes de onça morreram carbonizados. As ações na área foram intensificadas para proteger a preservação ambiental.
Há três meses, uma força-tarefa composta de mais de 233 agentes dos governos federal e estadual atua no combate às queimadas no Pantanal. A operação conta com 23 aeronaves, sete caminhões, seis embarcações e 44 caminhonetes.
Revista D Marília / Fonte: Revista Oeste