Desta vez, um fornecedor da Boeing cometeu a falha identificada, que afetou 50 aeronaves (ainda não entregues) da empresa
A Boeing enfrenta novos problemas com seu modelo 737 Max, após a descoberta de que um fornecedor, a Spirit Aerosystems, perfurou incorretamente dois buracos na fuselagem de cerca de 50 aeronaves ainda não entregues. A Boeing assegura que, como os aviões afetados não foram entregues, não há risco para a segurança.
Para quem tem pressa:
- A Boeing enfrenta problemas com o 737 Max após a descoberta de furos incorretos feitos pela Spirit Aerosystems em cerca de 50 aeronaves. A empresa garante que não há risco para a segurança, pois as aeronaves ainda não foram entregues;
- Recentemente, um incidente com um 737 Max nos Estados Unidos, onde uma peça se soltou em voo, resultou na suspensão temporária de 170 aeronaves pela FAA. Este evento não resultou em vítimas, mas aumentou as preocupações com a segurança do modelo;
- Este não é o primeiro incidente de perfuração incorreta pela Spirit Aerosystems em aviões 737. Problemas similares afetaram a entrega de aeronaves e componentes cruciais anteriormente;
- A série de problemas com o 737 Max, incluindo dois acidentes fatais em 2018 e 2019, trouxe uma crise significativa para a Boeing, exacerbada por um relatório do Congresso dos EUA com críticas à empresa e à Administração Federal de Aviação (FAA).
O 737 Max, modelo popular na aviação comercial, voltou a ser notícia após um incidente em janeiro nos Estados Unidos, no qual uma peça da fuselagem se desprendeu em pleno voo. Esse incidente não causou vítimas, mas provocou a suspensão temporária de 170 aeronaves do modelo 737 Max 9 pela Administração Federal de Aviação (FAA).
Problemas em aviões da Boeing
Esta não é a primeira vez que a Spirit Aerosystems enfrenta problemas relacionados à perfuração de fuselagens em aviões 737. Em 2023, a entrega desses aviões teve que ser suspensa devido a falhas na perfuração de centenas de buracos na antepara de pressão traseira.
Adicionalmente, no início de 2023, a mesma fornecedora foi identificada como responsável por problemas na cauda de quase 170 novas aeronaves 737 Max, referentes à conexão entre a fuselagem e o estabilizador vertical.
A saga de problemas da Boeing com o 737 Max começou com dois acidentes fatais em 2018 e 2019, envolvendo o modelo 737 Max 8, que resultaram na morte dos passageiros e tripulantes. Esses acidentes desencadearam uma crise sem precedentes na empresa.
Um relatório do Congresso dos EUA em 2020 apontou “falhas de design e cultura de acobertamento” na Boeing. O documento também apontou falhas de supervisão por parte da FAA, o que agravou a crise enfrentada pela fabricante de aviões.
Por Pedro Spadoni