Então, muita atenção:
Ligue o alerta vermelho, isso pode ser um mal sinal.

Muitas vezes, as pessoas rotulam alguém como bonzinho, porque o bonzinho evita dizer não, raramente se opõe aos outros, dificilmente busca fazer suas vontades serem consideradas e sequer abre a boca para falar algo que acredita que não esteja em conformidade com a maioria.

Porém, se alguém rotula você como bonzinho é provável que ele esteja dizendo, nas entrelinhas, que é muito bom ter você por perto priorizando a tudo e todos, menos você. Ou seja, é  muito mais confortável estar em sua companhia.

No entanto, ninguém se importa se você é sempre o número dois em sua própria vida, inclusive a maior parte das pessoas deve adorar, pois ter você ao lado delas deve ser uma delícia.

Isso porque, o bonzinho faz tudo o que faz porque tem um medo danado de rejeição, medo de se expor, mas em algum momento, não importa o quão bonzinho ele seja, o medo aumenta, a vida começa a perder as cores e ele se sente exausto.

Aliás, note como todo bonzinho é um ser exausto, que faz de tudo para não parecer exausto, pois caso pareça exausto isso pode ser interpretado como má vontade e ele perderia seu lugar de perfeição e bondade.

No final o lema de todo bonzinho é buscar privilegiar os outros em detrimento de si mesmo, mas a defesa dessa bandeira o destrói, quando ele já não aguenta mais e comete algum deslize o inferno começa, olhares de julgamento, dedos apontados, caras fechadas por terem recebido não,  tratamentos de silêncio e cobranças, transformando a vida do bonzinho em uma verdadeira armadilha. 

Tanto que, não é raro que ele adoeça e precise fazer terapia. Os consultórios por todo o mundo, atendem bonzinhos e boazinhas de todos os tipos.

A virada de chave para essas pessoas é aprenderem a tolerar o  desconforto da rejeição, dado que é inevitável, para que então possam desenvolver habilidades como autocompaixão e engajamento com comportamentos que os aproximem de uma vida que, apesar do risco de rejeição eventual, ainda assim valha a pena.

Buscar eliminar esse desejo de ser perfeito aos olhos dos outros e de precisar agradar sempre, sendo bom a todo momento, é o ponto de partida. Dizer não, também é  fundamental.

Ser bonzinho demais não é qualidade, é carência, dependência emocional.

Quando se está preocupado(a) em agradar, em ser aceito(a), é que se esquece, se desagrada, se machuca e, não tenha dúvidas, você nunca vai ter o reconhecimento que busca nos outros, se não reconhecer seu valor, se priorizar e começar a atender as suas necessidades.

Se viu nessa reflexão? Está sendo bonzinho demais e já passou por situações difíceis e frustrantes por conta disso? Então, não perca mais tempo, mude seu olhar para si mesmo e para o mundo ao seu redor. Busque se colocar como um personagem real e honesto com seus desejos, ideais e convicções, dentro de sua própria vida. Sua saúde mental, seu amor próprio e sua paz, agradecem.

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Meu “bonzinho” favorito (para não dizer o contrário) Alguém já disse que você é muito bonzinho  ou boazinha? Cuidado!