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Moradores da Faixa de Gaza pedem que o Hamas aceite o plano de paz proposto pelos Estados Unidos e encerre a guerra que devastou o território.
Segundo reportagem do jornal americano The Wall Street Journal, publicada domingo, 5, sob o título “Moradores de Gaza têm um recado para o Hamas: acabem com a guerra agora”, os entrevistados afirmaram que o grupo terrorista é responsável por prolongar o conflito e pelo sofrimento da população civil.
O jornal ouviu seis moradores de diferentes regiões do enclave, todos vivendo em condições precárias.
Eles disseram que o Hamas deveria aceitar o acordo mediado por Washington, mesmo com falhas, para permitir a reconstrução e o retorno à normalidade. As autoridades palestinas afirmam que mais de 67 mil pessoas morreram desde o início da guerra, número que inclui combatentes e civis.
Uma mulher de 49 anos, mãe de seis filhos, contou que apoiava o Hamas antes da guerra, mas mudou de opinião após perder a casa e ver o marido, funcionário do governo do grupo, ser preso por Israel.
Segundo ela, o Hamas “não se importou com o sofrimento do povo” e tomou decisões irresponsáveis ao provocar o conflito. “Espero que aceitem o plano americano para que o sangue pare de correr”, afirmou.
Outra moradora, de 31 anos, deu à luz poucos dias após fugir de bombardeios. O bebê está internado em terapia intensiva, e a família vive em um prédio destruído. “Não me importo com as armas ou os líderes do Hamas. Só quero que a guerra acabe”, disse.
Os relatos reforçam o desgaste da população com a condução do grupo terrorista, que iniciou o conflito com o ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel.
Naquele dia, cerca de 1,2 mil pessoas foram assassinadas e 250 sequestradas. O Hamas não garantiu abrigo, alimentos nem medicamentos para a própria população, segundo os entrevistados.
O plano americano prevê a libertação dos 48 reféns vivos e mortos ainda em poder do Hamas, a entrega das armas do grupo e a criação de uma administração civil formada por técnicos independentes. Também está prevista uma força internacional liderada por países árabes para garantir a segurança.
As negociações sobre a troca de reféns por prisioneiros palestinos devem começar nesta semana no Egito. Israel e o Hamas disseram concordar com o diálogo, mas o grupo terrorista resiste a entregar suas armas e exige um cronograma detalhado para a retirada israelense.
Israel, por sua vez, aceita discutir os termos, mas exige a rendição total do Hamas.
De acordo com o Wall Street Journal, a maioria dos entrevistados responsabiliza o Hamas pelo desastre humanitário e vê no acordo proposto pelos Estados Unidos a única chance de reconstruir o território e salvar vidas.
Para esses moradores, a insistência do grupo em continuar a luta serve apenas para prolongar o sofrimento de quem vive em Gaza.
Fonte: O antagonista
Fonte: Diário Do Brasil
