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O ataque brutal ocorrido em Southport, no noroeste da Inglaterra, que resultou na morte de três meninas, continua a provocar ondas de choque políticas no Reino Unido.

No dia 29 de julho, Rudakubana atacou com uma faca três crianças de 6, 7 e 9 anos durante uma aula de dança, ferindo também outras dez pessoas, incluindo oito menores.


O ataque brutal ocorrido em Southport, no noroeste da Inglaterra, que resultou na morte de três meninas, continua a provocar ondas de choque políticas no Reino Unido.

No dia 29 de julho, Rudakubana atacou com uma faca três crianças de 6, 7 e 9 anos durante uma aula de dança, ferindo também outras dez pessoas, incluindo oito menores.

As violentas manifestações que se seguiram ao incidente, durando vários dias, visaram hotéis que abrigavam solicitantes de asilo e mesquitas.

O autor do crime, Axel Rudakubana, será sentenciado hoje. O agressor confessou sua culpa na abertura do julgamento. Assim, a expectativa é de que a sentença seja severa.

Mas a repercussão vai além da pena, levantando questões sobre a resposta do governo em relação ao perfil do agressor, que possui origem estrangeira.

A tragédia desencadeou uma onda de protestos anti-imigrantes no verão passado e o governo está sendo atacado por sua falta de transparência sobre o perfil islâmico do agressor.

A acusação de extremismo islâmico não era fake-news
Tanto os conservadores quanto o partido anti-imigração Reform UK, liderado por Nigel Farage, exigem explicações do governo sobre o silêncio das autoridades em relação à identidade do atacante.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro justificou essa omissão como uma medida para não prejudicar a investigação. No entanto, muitos britânicos consideram essa explicação insuficiente. Fontes não oficiais indicaram que a decisão visava evitar tensões em um clima já inflado.

Rumores rapidamente se espalharam nas redes sociais insinuando que o criminoso era um migrante recente e que suas ações poderiam ter motivações islâmicas. As autoridades reagiram severamente contra os propagadores de supostas “fake news”.

Contudo, a situação se complica: embora Rudakubana tenha nascido no País de Gales, ele tem ascendência estrangeira e possuía realmente conexões com ideologias islâmicas extremistas.

A polícia encontrou em sua posse um manual da Al-Qaeda e ricina, uma substância altamente tóxica. Apesar disso, o caso não é tratado como um ato terrorista.

Antecedentes criminais
Um novo inquérito público foi anunciado pela ministra do Interior Yvette Cooper para investigar as falhas dos serviços governamentais na prevenção deste trágico evento.

Rudakubana já era conhecido por suas atitudes violentas e havia sido sinalizado três vezes ao programa Prevent, destinado a combater o extremismo; porém, em todas as ocasiões ele foi considerado fora dos critérios de intervenção.

“Falhas”
As declarações recentes de Keir Starmer reconhecem “falhas” nas respostas das autoridades.

O governo enfrenta uma crescente desconfiança pública; uma pesquisa da YouGov revelou que 61% dos britânicos duvidam da capacidade das autoridades em prevenir novos ataques similares ao ocorrido em Southport.

Fonte: O antagonista

Fonte Diário Do Brasil

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Não se tratava de fake news. O assassino das três meninas em Southport era um extremista islâmico