No Setembro Amarelo, dados de um levantamento do Ministério da Saúde mostram que a depressão atinge ao menos 11,3% dos brasileiros. As discussões sobre a doença têm ganhado cada vez mais espaço, especialmente após a pandemia da Covid-19, quando o número de diagnósticos de depressão cresceu 41% no Brasil entre o período pré-crise sanitária e o primeiro trimestre de 2022, como apontou a pesquisa Covitel, da Vital Strategies com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Casos entre jovens de 18 a 24 anos foram os que mais cresceram.

Falar sobre o assunto com adolescentes nem sempre é uma tarefa fácil para pais, responsáveis ou mesmo para os profissionais da educação nas escolas. A literatura, então, pode ser uma ferramenta para essa abertura de diálogo sobre saúde mental e suicídio. Em sua mais recente obra, “Meu lugar no mundo”, o autor Walcyr Carrasco aborda o tema contando a história de Aleph, um adolescente que não se encaixa em sua realidade e passa por experiências que mudam sua forma de enxerga a vida.

Para narrar a história com a complexidade que o tema exige, Walcyr revisitou memórias de sua juventude e de uma amizade antiga. Trata-se, no entanto, de uma obra de ficção na qual o autor aborda as experiências comuns da adolescência aliada a temas difíceis e atuais como a exposição excessiva nas redes sociais, a automutilação, o sentimento de inadequação, a depressão e o suicídio. Na trama, Aleph é constantemente submetido a comparações com seu irmão Ariel, considerado por seus pais um jovem exemplo. O protagonista sofre por não encontrar seu lugar no mundo, mas aos poucos percebe que outros jovens ao seu redor também carregam dores e sentimentos profundos e angustiantes. Como lidar com isso?
 

O posfácio do livro é assinado por Vera Iaconelli, psicanalista, autora, mestre e doutora em Psicologia pela USP e colunista do jornal Folha de S.Paulo. Ela destaca o brilhante trabalho do autor ao mostrar as redes de apoio e os laços afetivos como condições necessárias na transição da adolescência. “Para o jovem, o risco de dar cabo de tudo num gesto impensado não é negligenciável, e o autor acerta ao abordá-lo diretamente, pois sabemos como os números de suicídios de crianças são cada vez mais alarmantes”, comenta no posfácio.

Walcyr Carrasco é escritor, dramaturgo, cronista, roteirista, e autor exclusivo da editora Moderna desde 2012. Aos 70 anos, tem mais de 50 livros publicados para a literatura infantojuvenil. Em 2017, recebeu o Prêmio Jabuti pela tradução e adaptação de “Romeu e Julieta” para jovens. O autor também recebeu a menção de “Altamente Recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil para muitos dos seus livros nessa categoria. Entre eles estão: “Cadê o super-herói”, “Asas do Joel”, “Camarões X Tartarugas — A grande copa do mar”, “Vida de droga”, “Estrelas tortas”, “Irmão negro” e “A corrente da vida”.
 

Ficha técnica

Título: Meu Lugar no Mundo — Moderna

Autor: Walcyr Carrasco

Páginas: 136

Faixa etária: a partir de 13 anos

Preço sugerido: R$67,00

Para mais informações sobre o livro clique aqui.

Sobre a Moderna

A Moderna atua há mais de 50 anos com o compromisso de educar para um mundo em constante movimento. Uma empresa que sempre se renova para atender às demandas reais da educação pública, trabalhando permanentemente para levar a professores, gestores e alunos uma proposta educacional efetiva e alinhada com as necessidades do país. A empresa é líder no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).

Nossos autores e especialistas conhecem profundamente a realidade da escola brasileira e suas particularidades regionais. O conteúdo que levamos todos os anos a milhões de estudantes, produzido por uma equipe dedicada exclusivamente ao desenvolvimento da educação pública, é baseado em conhecimento, pesquisa e inovação.

A Moderna é parte do Grupo Santillana, empresa educativa líder em conhecimento, inovação e tecnologia educacional na América Latina. Com presença em 20 países, a companhia tem um forte compromisso com a agenda da sustentabilidade e tem o propósito de contribuir para uma sociedade inclusiva, diversa e equitativa.

Sobre o Setembro Amarelo

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria — ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina — CFM, organiza, em território nacional, o Setembro Amarelo, que atualmente é a maior campanha anti estigma do mundo! Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.

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Novo livro de Walcyr Carrasco propõe diálogo sobre saúde mental e suicídio na adolescência