Em contato com água salgada, o novo plástico biodegradável leva poucas horas para se decompor totalmente – e sem gerar microplásticos

(Imagem: SIVStockStudio/Shutterstock)

Pesquisadores do RIKEN Center for Emergent Matter Science (CEMS), no Japão, desenvolveram um novo tipo de plástico biodegradável que, além de ser durável e totalmente reciclável, ainda consegue se decompor na água do mar sem deixar microplásticos para trás.

Entenda:

  • Um novo plástico biodegradável pode se desfazer totalmente no oceano sem deixar microplásticos;
  • O material é durável e completamente reciclável, e leva poucas horas para se decompor na água salgada;
  • Quando descartado no solo, o plástico se biodegrada em 10 dias e ainda age como fertilizante;
  • As propriedades do novo material são causadas por uma ligação feita de pontes de sal.
Plástico biodegradável se decompõe no solo e na água do mar. (Imagem: MOHAMED ABDULRAHEEM / Shutterstock)

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A equipe do RIKEN criou o novo material partindo do fato de, atualmente, muitos plásticos biodegradáveis conseguirem se decompor no solo, mas não na água salgada. Para resolver o problema, os pesquisadores usaram pontes de sal para interligar monômeros (pequenas moléculas que formam polímeros) que, após o descarte, podem ser consumidos por bactérias com facilidade.

Plástico biodegradável leva poucas horas para se decompor no oceano

O novo plástico biodegradável – chamado de alquil SP 2 pela equipe – não é tóxico e pode ser remodelado em temperaturas acima dos 120ºC, contando também com rigidez alterável de acordo com a escolha dos monômeros. Uma vez expostas à água do mar, as pontes de sal levam apenas algumas horas para se decompor.

Plástico biodegradável se decompõe em horas e não gera microplásticos. (Imagem: xalien/Shutterstock)

Como descrito em um artigo publicado na revista Science, testes de reciclagem com uma mistura de álcool e água salgada mostraram a possibilidade de recuperar mais de 80% dos ingredientes do plástico, e, no solo, o alquil SP 2 não apenas se decompõe em 10 dias, mas ainda age como fertilizante ao liberar fósforo e nitrogênio.

“Com esse novo material, criamos uma nova família de plásticos que são fortes, estáveis, recicláveis, podem servir a múltiplas funções e, o mais importante, não geram microplásticos”, explica Takuzo Aida, professor da Universidade de Tóquio e autor do estudo, em comunicado.

Fonte Olhar Digital

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Novo plástico biodegradável se desfaz no oceano sem gerar microplásticos