
Reprodução
Oruam, filho de Marcinho VP, um dos maiores líderes do Comando Vermelho (CV), já foi apontado pela Polícia Civil como mediador entre chefes do CV, como Doca, e do Terceiro Comando Puro (TCP), Rabicó. O relatório da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) descreve o cantor como “agente articulador.”
O documento destaca que as imagens em que o artista aparece ao lado de Edgar Alves de Andrade, o Doca, revelam “um canal direto de comunicação entre o investigado e os principais líderes do narcotráfico.”
A investigação aponta que Oruam tinha acesso privilegiado aos líderes do tráfico e atuava como intermediador, símbolo de status e agente operacional. Para a Polícia Civil, o cantor “usa o rótulo de artista para encobrir sua real identidade e atuação no submundo do crime”.
Segundo o relatório, Oruam participou de chamadas de vídeo com Doca, Cocão e Coelhão. O objetivo seria negociar uma aliança estratégica para cessar os confrontos entre as facções.
“A REUNIÃO VIRTUAL, MEDIADA POR FIGURAS DE RELEVÂNCIA NO TRÁFICO DE DROGAS, TERIA COMO PROPÓSITO REDUZIR OS DANOS DECORRENTES DOS CONFLITOS INTERNOS”, afirma o texto.
Quem é Doca
Apontado como número dois do Comando Vermelho, Doca escapou da megaoperação policial realizada nesta semana, considerada a mais letal da história do país, com 121 mortos.
O Disque Denúncia oferece R$ 100 mil de recompensa por informações sobre o paradeiro do criminoso.

Os comentários de Oruam contra a operação
Em suas redes sociais, Oruam comparou a operação policial às ações do regime nazista, chamando as favelas de “novos campos de concentração”. O cantor afirmou que “a caneta mata mais do que o fuzil” e criticou a ação policial como uma “chacina”, alegando que a favela também tem famílias.
Fonte: Claudio Dantas
Fonte: Diário Do Brasil
