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Três postos oficiais do Corinthians, divulgados pelo próprio clube em seu site, funcionam em endereços que aparecem na Agência Nacional do Petróleo como pertencentes a alvos da Operação Carbono Oculto — deflagrada em agosto e considerada a maior já realizada contra o Primeiro Comando da Capital.
Procurado, o Corinthians afirmou que não administra diretamente os postos, e que eles são operados por uma empresa licenciada, responsável por intermediar o contrato com donos de postos, para que veiculem a marca do time. O clube disse acompanhar as investigações e que poderá adotar medidas jurídicas em relação aos contratos, caso necessário.
O g1 levantou na base da Receita Federal quais são as empresas registradas nos nomes de alvos da operação. Depois, checou quais delas estão registradas como postos de combustíveis na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) — responsável pelas autorizações de funcionamento de postos no país.
Ao todo, pelo menos 251 postos de combustíveis estão ligados a 16 alvos da operação, em quatro estados.
Segundo o levantamento, os três postos funcionam como “Posto Corinthians” e estão localizados na Zona Leste de São Paulo. Todos são bandeira branca (não estão ligados a marcas específicas de distribuidoras de combustíveis).
O Corinthians divulgou oficialmente a inauguração de unidades do “posto Corinthians” quando foram inauguradas, com reportagens no site institucional do clube nos anos de 2021, 2022 e 2023. Esses são os únicos postos oficiais do clube.
A informação de que os postos pertenciam a Luiz Ernesto Monegatto e Pedro Furtado Gouveia Neto foi revelada pelo portal O Bastidor em maio de 2025, antes da deflagração da Operação Carbono Oculto.
No cruzamento feito pela reportagem, o posto Rivelino, da Avenida Padre Manoel, aparece na Receita Federal associado a Pedro Furtado Gouveia Neto. Já na autorização de funcionamento da ANP, o sócio apontado é Himad Abdallah Mourad.
Neto e Mourad são apontados na investigação contra o PCC como parte do grupo chefiado por Mohamad Hussein Mourad.
Fonte: g1
Fonte: Diário Do Brasil