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Um presídio que deveria ser símbolo de ressocialização se transformou em palco de festas com churrasco, bebidas alcoólicas, música ao vivo e até entrada de garotas de programa. Essa era a realidade dentro do Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, segundo a Polícia Federal (PF), que revelou o escândalo batizado de “resort do crime”.

A investigação, conduzida no âmbito da Operação La Catedral, apontou que detentos com alto poder aquisitivo compravam regalias com o apoio de servidores do sistema penitenciário. As denúncias incluem não só festas regadas a álcool e som ao vivo, mas também o uso e a fabricação de drogas.

Policiais penais eram acusados de participar ativamente do esquema. De acordo com a PF, muitos se tornaram “sócios” dos presos, facilitando a entrada de objetos proibidos, como celulares, e permitindo visitas a qualquer hora do dia, inclusive de prostitutas.

A prisão, nessa terça-feira (8/4), do ex-secretário executivo de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco, André de Araújo Albuquerque, reforçou a gravidade da rede criminosa. Ele é suspeito de envolvimento direto na manutenção dos crims. Em sua casa, foram encontrados celulares, uma arma funcional e um veículo.

Antes dele, já havia sido preso Charles Belarmino de Queiroz Silva, ex-diretor do presídio, apontado como o principal articulador do esquema. Em fevereiro, a primeira fase da operação já havia apreendido malas com dinheiro em espécie, armas e pen drives com possíveis provas do esquema.

Além das festas e da entrada livre de drogas e prostitutas, presos conseguiam influenciar na transferência de outros detentos, usando o sistema como se fosse uma extensão do crime organizado do lado de fora.

A Polícia Federal investiga crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, prevaricação e participação em organização criminosa.

Fonte: Metrópoles

Fonte:Diário Do Brasil

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Presídio funcionava como verdadeiro resort, com festas, drogas e prostituição