
Reprodução/redes sociais
Bruno Mendes de Jesus, 30 anos, o motorista flagrado carregando mais de 100 barras de ouro, avaliadas em mais de R$ 60 milhões, estava acompanhado da esposa no momento em que foi preso. A coluna apurou que a mulher é Suzy Alencar (foto em destaque), influenciadora digital conhecida em Rondônia.
Logo que foram divulgadas as informações sobre a apreensão do ouro e a prisão de Bruno, que atua como empresário, a mulher deletou seu perfil no Instagram, em que acumulava cerca de 30 mil seguidores.
Em outra rede social, porém, os conteúdos continuam expostos. Em uma plataforma de vídeos na qual acumula 31,5 mil seguidores, Suzy se diz criadora de conteúdo relacionado à maternidade e moda.
São mais de 200 vídeos exibindo a rotina e posando para fotos ao lado do homem, que foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nessa segunda-feira (4/8)
O casal tem um filho de nove meses, que também estava no carro no momento da abordagem.
O flagrante
A presença do ouro na caminhonete conduzida por Bruno Mendes foi descoberta quando o casal transitava pela BR-401, em Boa Vista (RR).
Ao realizar a averiguação do veículo, os policiais identificaram, primeiramente, uma quantidade pequena de ouro. No entanto, continuaram as buscas e, em seguida, encontraram mais de 100 barras do metal escondidas. Ao pesar a carga, a PRF verificou se tratar de 103 quilos, ao todo.
Pela cotação atual, a PRF calcula que o valor das barras de ouro se aproxima de R$ 60 milhões em valor de mercado. Conforme o site do Banco Central, o grama do ouro está cotado em torno de R$ 582,32.
O material foi direcionado para a PRF de Roraima, que vai continuar as investigações. O objetivo da apuração é descobrir a origem, o destino e a propriedade do ouro.
A defesa
Em nota, a defesa do empresário, por meio do advogado Smiller Rodrigues de Carvalho, declarou que o homem é “cidadão primário, de bons antecedentes, pai de uma criança de 9 meses de idade, e único responsável pelo sustento de sua família, a qual se encontra em situação de fragilidade social”.
“Trata-se de trabalhador que, como milhares de brasileiros, atua em atividades relacionadas ao setor mineral, que embora possam se desenvolver em áreas de tensão regulatória, são, para muitos, meio de subsistência e única alternativa de sobrevivência”, escreveu a defesa.
Em seu pronunciamento, o advogado declarou que a extração mineral, por si só, não é uma atividade imoral ou criminosa em essência.
“O que a legislação veda é a exploração de recursos minerais sem autorização legal e sem o cumprimento das obrigações ambientais e tributárias; a ausência de regularização documental é que transforma a atividade em infração administrativa ou penal, e não o garimpo em si, que é uma realidade histórica e socialmente enraizada em muitas regiões do Brasil”, argumentou.
O advogado declarou que a defesa confia que, no decorrer do processo, tudo será esclarecido. “Rechaçando qualquer tentativa de criminalizar pessoas humildes que, embora atuem em setores economicamente marginalizados, não possuem envolvimento com organizações criminosas ou atividades que atentem contra a ordem pública.”
Fonte: Metrópoles
Fonte: Diário Do Brasil