O uso da inteligência artificial (IA) vem crescendo e otimizando as tarefas de diversas áreas das empresas, entre elas a de Recursos Humanos, que está, cada vez mais, usando novas tecnologias para apoiar suas atividades, principalmente o recrutamento e a seleção de candidatos.
Com o desenvolvimento das plataformas digitais, que centralizam em um único portal todas as etapas dos processos de recrutamento e seleção, desde a divulgação da vaga até a admissão final, as contratações estão mais ágeis e assertivas. Uma das maiores vantagens da IA nesses casos é a eliminação do fator subjetivo do recrutador, os “achismos, adivinhações e preconceitos” que podem ocorrer nos processos seletivos.
Em 2020 sofremos muito com o impacto da pandemia, tivemos que criar hábitos novos e nos adaptar rapidamente ao trabalho remoto. Já em 2021, as empresas e as pessoas passaram a encarar esse formato como algo definitivo e uma verdadeira revolução digital.
Com isso, temos percebido o aumento de candidatos que dão preferência às empresas que priorizam o modelo remoto ao presencial. Em termos de recrutamento e seleção, a tecnologia traz um grande ganho de capilaridade, já que podemos recrutar talentos em qualquer lugar do mundo. De outro lado, as empresas enfrentam os desafios de criar planos de trabalho alinhados à estratégia dos negócios e aos aprendizados para nortear as tomadas de decisões.
Outro ponto interessante, para atrair talentos e ter vantagem competitiva, vem sendo a participação ativa dos colaboradores das empresas nesse processo, afinal eles passaram a exercer o papel de divulgadores da empresa, apoiando-as para maior engajamento de outros candidatos.
Ainda falando sobre os aprendizados desse período – e não foram poucos –, destaco que o maior de todos foi a forma como as pessoas começaram a investir no desenvolvimento da consciência emocional, o que ocorreu principalmente para enfrentar e minimizar os desafios impostos pela pandemia e para reorganizar os objetivos e qualidade de vida pessoal e profissional.
Para 2022, as competências comportamentais, também conhecidas como soft skills, mais exigidas pelo mercado de trabalho serão a capacidade de adaptação, agilidade de aprendizado, criatividade, autogestão, colaboração, humanização e pensamento crítico, todas, claro, muito demandadas durante a pandemia.
Por isso, acredito ser de grande importância que profissionais em busca de recolocação ou do emprego dos sonhos se dediquem a desenvolver essas competências, pois elas são, comprovadamente, um importante diferencial na disputa de uma vaga de emprego.
Além da atenção a essas competências, listei algumas dicas imprescindíveis para quem quer fazer a diferença nos próximos processos seletivos. Seguidas à risca, essas recomendações certamente ajudarão no resultado final dos candidatos.
Capriche no currículo. Esse é um importante cartão de visitas e deve ser elaborado com atenção e cuidado. A principal dica aqui é ser honesto, incluindo apenas os conhecimentos e as habilidades que você realmente domina. Foque nas habilidades desejadas. Antes de elaborar o currículo, você precisa ter clareza sobre seus objetivos, para poder direcionar sua apresentação. Por fim, destaque as informações que são relevantes para a área que você está buscando – por exemplo, se você quer atuar na área de TI, pesquise previamente o que as empresas estão demandando desses profissionais, veja se você tem essas habilidades e enfatize isso.
Conheça suas competências comportamentais. Invista no autoconhecimento e na inteligência emocional para obter melhor desempenho no quesito relações humanas.
Pesquise sobre a empresa que está oferecendo a vaga. É essencial chegar informado sobre a empresa, e hoje é possível ficar por dentro de tudo com apenas alguns cliques. Não se esqueça de que os recrutadores incluem perguntas sobre as expectativas do candidato em relação à contratante, portanto, se você não souber o mínimo sobre ela, pode perder pontos importantes.
Dê respostas assertivas. Nesse momento, o mais importante, além de transparência e sinceridade, é ter segurança para despertar o interesse de quem o está entrevistando. As respostas devem ser assertivas e é sempre positivo citar exemplos reais. Evite dar respostas monossilábicas, mas também não seja prolixo, pois falas longas e inconclusivas fazem com que o recrutador perca o interesse.
Demonstre automotivação. Mesmo que esteja enfrentando dificuldades, revele sua paixão e energia, demonstrando que você valoriza aquela entrevista, que ela é importante para a sua vida e que você entregará todo o seu potencial se for selecionado.

*Angelina Assis – Psicóloga e Gerente de Relacionamento do Grupo Soulan.

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