O megaprojeto visa transferir 44,8 bilhões de metros cúbicos de água doce do sul para o norte da China a cada ano até 2050
A China tem se notabilizado por grandes obras estruturais nas últimas décadas. O objetivo de empreendimentos tão caros é garantir a continuidade do crescimento econômico do país, que visa ultrapassar os Estados Unidos e se tornar a principal economia do mundo.
No entanto, os chineses enfrentam alguns desafios de ordem natural. Grande parte da região norte do país, onde vivem um terço da população, sofre com a seca, o que obrigou as autoridades a buscarem alternativas.
China apresentou megaprojeto para contornar situação
Uma solução ousada foi apresentada: o Projeto de Transferência de Água Sul-Norte visa transferir 44,8 bilhões de metros cúbicos de água doce do sul para o norte do país a cada ano até 2050. Isso é mais do que o dobro do fluxo do rio Colorado, nos EUA.
A água é transportada quase inteiramente por gravidade, através de uma rede de canais artificiais. Este complexo sistema terá três passagens principais – o Projeto da Rota Ocidental, o Projeto da Rota do Meio e o Projeto da Rota do Leste – que desviam a água dos trechos superior, médio e inferior do rio Yangtze para o norte e noroeste.
A água começou a fluir pelas rotas do Leste e do Meio em dezembro de 2013 e dezembro de 2014, fornecendo água doce para partes da planície de Huang-Huai-Hai e região. A China estima que cerca de 185 milhões de pessoas que vivem em dezenas de cidades já se beneficiaram do megaprojeto.
Desafios para completar o projeto
- A Rota Ocidental, no entanto, ainda não está finalizada.
- Os trabalhos foram retardados por preocupações internacionais de que a interferência nos fluxos de água afetariam milhões de pessoas em outros países, como a Índia.
- Houve também um imenso custo social.
- De acordo com a mídia chinesa, pelo menos 440 mil pessoas tiveram que ser deslocadas para abrir caminho para a primeira etapa do projeto.
- Além disso, existem enormes preocupações ambientais.
- Os principais alertas são em relação aos impactos à vida marinha nestes locais.
- As informações são do IFLScience.
Fonte Olhar Digital