Uma cliente do supermercado Carrefour que presenciou a morte de João Alberto Silveira Freiras, na última quinta-feira (19), prestou depoimento à polícia e afirmou que os seguranças que espancaram e mataram a vítima ficaram “desorientados” ao perceber que ele não respirava mais.
A testemunha afirmou que se aproximou da confusão quando estava chegando ao supermercado e viu que havia um homem imobilizado no chão.
Ela disse que percebeu que a vítima “apresentava sinais visíveis de asfixia”, e que avisou os seguranças do fato, mas que eles pediram que “não se intrometesse em seu trabalho”.
Um pouco depois, ela teria constatado alteração da tonalidade da cor dos lábios e das extremidades dos dedos de João Alberto. Neste momento, alertou novamente os seguranças, “mas já era tarde”.
A testemunha relata então que nesse momento, os seguranças, assustados, indagaram às pessoas que ali se encontravam se havia alguém que soubesse checar sinais vitais. Um idoso então teria se aproximado e informado a ocorrência do óbito.
Os seguranças teriam ficado desorientados e se mantiveram junto ao corpo da vítima por alguns instantes antes de se afastarem.
Ainda segundo a cliente, o Samu teria levado cerca de uma hora para chegar ao local.
No momento em que a polícia chegou ao supermercado, a cliente relatou que se aproximou da esposa da vítima. À ela, Milena teria relatado que o marido estava muito nervoso e que pedia a todo momento para ir para casa durante as compras.
Segundo o relato de Milena à cliente, em dado momento, a vítima teria feito uma brincadeira com uma segurança do local, e que essa atitude a teria desagradado. Para a cliente, ela não precisou que brincadeira teria sido.
A testemunha disse ainda que em nenhum momento presenciou a vítima ser ofendida pelos funcionários do estabelecimento comercial em virtude da cor de pele ou condição social.
