Relatório não publicado da entidade define o hidrogênio verde como o principal recurso primário do futuro
Um relatório inédito e não publicado do Serviço Geológico dos Estados Unidos revelou a presença abundante de hidrogênio natural subterrâneo, capaz de suprir todas as demandas projetadas por centenas de anos. Este documento, revelado pelo site New Atlas, identifica o hidrogênio verde como o próximo recurso primário dominante no mundo e dá início à corrida para a extração.
Embora a produção de hidrogênio verde tenha sido tema de destaque nos últimos anos, com seu potencial como combustível limpo e versátil, a obtenção do mesmo ainda requer grandes quantidades de água doce e o processo eletrolítico continua a apresentar perdas consideráveis.
No entanto, com a recente descoberta de vastas reservas de hidrogênio subterrâneo, estimadas em até 5,5 bilhões de toneladas em todo o mundo, a indústria está se preparando para uma verdadeira corrida para a extração eficiente e sustentável.
Alguns analistas indicam que entre 2030 e 2050 os preços serão bastante competitivos em relação ao hidrogênio cinza. Porém, a tecnologia atual ainda não deve ser capaz de conseguir extrair essa matéria-prima em alta escala, preço competitivo e velocidade. Ou seja, a tarefa para substituir as fontes de energia recentes não será nada fácil. Nos próximos meses e anos é bem possível que grandes investidores tragam novidades consideráveis para o crescimento desta área.
Vantagens e desvantagens do hidrogênio verde
O hidrogênio verde desponta como uma promissora alternativa na busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis, graças à sua produção, que praticamente elimina as emissões de carbono. Sua versatilidade faz com que seja aplicável em diversos setores, podendo se tornar uma matéria-prima crucial para a obtenção de uma matriz energética limpa em um futuro próximo.
Mas, os desafios são grandes. O alto custo inicial de produção e a necessidade de infraestrutura neutra em emissões encarece sua obtenção atualmente. Além disso, questões sobre a eficiência energética de sua produção levantam dúvidas sobre nossa capacidade tecnológica atual de atender à crescente demanda por hidrogênio verde. Afinal, o processo exige fontes de energia limpas como solar, hídrica ou eólica.
Apesar desses obstáculos, o hidrogênio verde continua a ganhar importância em meio à urgência de conter as mudanças climáticas e sua grande quantidade presente no solo. À medida que o mundo avança em tecnologia e os custos de produção diminuem, é provável que sua adoção se expanda globalmente, oferecendo a esperança de um futuro com um planeta menos impactado pelo aquecimento global.
Por Thiago Morais, editado por Bruno Capozzi