
Como garantir que mulheres empreendedoras possam expandir seus negócios e produzir em uma economia de baixo carbono? Como promover inclusão no financiamento e ajudar comunidades inteiras a enfrentarem as mudanças do clima?
Como facilitar o acesso de pequenos agricultores a equipamentos que poluem menos?
Foram perguntas que surgiram na COP30, durante os painéis que contaram com participação do Sicredi, dentro da AgriZone, BlueZone e na GreenZone. Desde o primeiro dia, a instituição financeira cooperativa mostrou como vem atuando para a ampliação do crédito verde, especialmente em municípios de baixo IDH e com pouca presença de instituições financeiras.
O diretor-executivo de Estratégia, Sustentabilidade, Administração e Finanças do Sicredi, Alexandre Barbosa, apresentou a estratégia de finanças sustentáveis da instituição, que busca descentralizar e democratizar o acesso ao crédito verde para pequenas propriedades, micro e pequenas empresas. “Com cerca de 440 bilhões de reais em ativos, 270 bilhões em carteira de crédito, mais de 3 mil pontos de atendimento e 9,5 milhões de associados, estruturamos um framework de finanças sustentáveis que orienta aplicações em agricultura de baixo carbono, energia renovável, produção rural familiar, mulheres empreendedoras e outros segmentos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.
Como exemplo, Barbosa destacou um projeto-piloto desenvolvido com uma cooperativa de produção e 10 produtores, em Minas Gerais, que produz cerca de 6,8 mil sacas de café em uma área de 215 hectares. Batizada de Programa Carbono Neutro do Sicredi, a iniciativa combina financiamento, assistência técnica e certificação de carbono neutro por entidade independente, com práticas como controle biológico de pragas, uso de plantas de cobertura, preservação de mata nativa e energia solar, resultando na redução de 935 toneladas de CO₂ equivalente. “Mostramos que é possível gerar renda e reduzir emissões, ao mesmo tempo”, afirmou.
Em sua participação na conferência, o superintendente de Relações Institucionais do Sicredi, Danilo Macedo, destacou o papel da instituição na promoção da sustentabilidade, em financiamentos para projetos de geração distribuída de energia solar e destacou o protagonismo feminino no agronegócio.
“O Sicredi já ultrapassou R$ 12 bilhões em financiamentos para projetos de geração distribuída de energia solar, reforçando nosso compromisso com a transição energética. Na safra passada, também liberamos mais de R$ 8 bilhões para as produtoras rurais. Além do crédito, levamos programas de capacitação e eventos de networking voltados para a evolução constante desse público. Ao realizar captações ESG para negócios liderados por mulheres, sinalizamos ao mercado nosso compromisso com um futuro mais justo, limpo e resiliente. Evoluímos juntos e estimulamos outras instituições a nos acompanharem”, enfatiza o superintendente.
Alinhar inovação, tecnologia e inteligência de dados pode ampliar a visão estratégica das instituições para mitigação e adaptação ao clima. Nesse contexto, o Sicredi mostrou em Belém suas soluções para a quantificação de riscos climáticos, que envolvem a criação de scores de risco para os associados e ferramentas estratégicas que contribuem para proteger as culturas agrícolas do portfólio. Mais de 16 milhões de ativos físicos são monitorados por essa metodologia, que possibilita antecipar os riscos por meio da compreensão da exposição atual e projetada às ameaças climáticas naquele território, bem como do seu impacto potencial. Isso ajuda a oferecer as melhores soluções, desde seguros até o direcionamento para manejo e transição de culturas na agricultura.
Case do Sicredi é destaque em publicação do Pacto Global da ONU – Rede Brasil
A agricultura regenerativa foi um dos principais temas da COP30. Isso porque, além de promover um sistema de produção agrícola que restaura o solo, é capaz de capturar carbono e proteger as nascentes.
E dentro dessa temática, com o case “Produção Sustentável do Cacau”, o Sicredi conquistou um espaço entre as iniciativas de sucesso reunidas no Guia de Agricultura Regenerativa: Princípios, Práticas e Acesso a Financiamento, lançado pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil, durante a conferência.
Desde 2019, as cooperativas Sicredi Grandes Rios MT/PA/AM e Sicredi Sudoeste MT/PA concederam cerca de R$ 25 milhões em crédito para modelos produtivos de baixo impacto ambiental na Amazônia paraense.
Graças a este modelo, que contribui para o desenvolvimento sustentável e a transição para uma economia de baixo carbono, mais de 3.500 pessoas foram impactadas – incluindo oportunidades de emprego e geração de renda. Até o momento, 1.453 hectares foram financiados, impulsionando a produção anual de 1.450 toneladas de cacau e movimentando mais de R$ 36 milhões por ano na economia local.
“Ao apresentar o nosso case, conseguimos demonstrar que o crédito cooperativo é uma importante ferramenta de transformação socioambiental na região amazônica, capaz de promover inclusão financeira, geração de renda e preservação florestal. Sermos escolhidos pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil, durante uma COP, ainda mais no Brasil, como um dos casos de sucesso, é um grande motivo de orgulho para todos nós”, destaca Alexandre.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento de seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. Possui um modelo de gestão que valoriza a participação dos mais de 9,5 milhões de associados, que exercem o papel de donos do negócio. Com mais de 3 mil agências, o Sicredi está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, disponibilizando uma gama completa de soluções financeiras e não financeiras.
Site do Sicredi: www.sicredi.com.br
