As empresas sempre buscam pessoas que, além de possuir competências técnicas e profissionais, tenham também habilidades socioemocionais que são desenvolvidas ao longo da vida, as chamadas soft skills, em inglês.
São vários atributos pessoais que facilitam a colaboração e o relacionamento com os demais. Esses atributos estão intimamente relacionados ao comportamento humano e à inteligência emocional, o que permite que executivos, líderes ou administradores de empresas gerenciem suas próprias emoções e influenciem positivamente as pessoas, evitando ser um líder que pode ofuscar o desempenho profissional.
Estas competências são difíceis de medir, mas o seu impacto e benefícios são reais nas empresas.
Afinal de contas, o mundo empresarial está sujeito a constantes mudanças e à necessidade de adaptação ao que o mercado exige.
Soft skills e a busca por empregos
Para descobrir o que empregadores querem em termos de competências interpessoais, nós analisamos plataformas como Linkedin, Even, OCC, Computrabajo e o governo do México.
• criando valor agregado aos produtos.
• Cumprimento de metas. Capacidade de atingir metas de acordo com o planejamento, execução e monitoramento de ações estratégicas.
• Mentoria e coaching. Capacidade de orientar e aconselhar pessoas com menos experiência a melhorar seu desempenho na superação de obstáculos.
• Proatividade. Saber antecipar problemas ou necessidades e tomar a iniciativa de agir e gerar mudanças imprevistas assumindo um papel ativo.
• Responsabilidade e honestidade.
Cumprir as obrigações e deveres atribuídos de forma transparente, sincera, íntegra e sem erros.
É possível demonstrar essas habilidades?
Por décadas, a qualificação técnica e o conhecimento específico de uma área eram considerados pilares importantes na contratação de pessoal. Essas habilidades são demonstráveis com diplomas universitários, cartas de recomendação e experiências de trabalho anteriores.
Mas como podemos demonstrar as nossas competências interpessoais e como os empregadores conseguem verificar isso? Especialistas recomendam realizar um autodiagnóstico para nos conhecermos melhor. Mesmo os recrutadores também podem utilizar este tipo de diagnóstico para avaliar as soft skills de seus candidatos.
Como melhorar as soft skills
Para fortalecer ou desenvolver essas habilidades, é importante continuar se atualizando constantemente, participando de workshops, seminários, treinamentos, desenvolvendo o pensamento crítico — realizando uma análise de autoconhecimento, em constante feedback para o crescimento pessoal e profissional.
Terminamos com algumas palavras do especialista americano Stephen R. Covey:
“As soft skills são a verdadeira diferença entre um profissional competente e um líder excepcional. Ao desenvolver estas competências, nos conectamos com outras pessoas em um nível mais profundo e autêntico, permitindo influenciar positivamente os outros e alcançar resultados excepcionais em qualquer ambiente de trabalho.”
Por Sergio Franco Casillas, Claudia Islas Torres, Cristina Lizbeth Delgado Richarte
The Conversation
*Sergio Franco Casillas é professor de tecnologias da informação na Universidade de Guadalajara. Claudia Islas Torres é professora-pesquisadora, coordenadora do Mestrado em Processos Inovadores em Aprendizagem da CUAltos, Universidade de Guadalajara. E Cristina Lizbeth Delgado Richarte, é estudante de Administração no Centro Universitário de los Altos.
*Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons.