Por Dirceu Dalben, deputado estadual
O Dia Internacional da Mulher, lembrado neste dia 8 de março, é uma excelente oportunidade para uma necessária e profunda reflexão sobre a situação do sexo feminino em nosso país e em todo mundo. Cada vez mais, as mulheres assumem seu espaço como protagonistas da sociedade. Porém, há ainda uma dura realidade: a violência contra a mulher.
No Brasil, pesquisa realizada pelo Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que um quarto das mulheres brasileiras com mais de 16 anos sofreu algum tipo de violência em 2020. Foram atos violentos verbais, psicológicos e físicos, vitimando cerca de 17 milhões de mulheres.
É preciso dar um basta a esta tragédia. Não é possível mais aceitar que na terceira década do século 21 continue o elenco de violência contra as mulheres. E para que isso ocorra, é preciso um compromisso ético de todos.
Nesse sentido, é fundamental que fiquem esclarecidos alguns conceitos e expressões que dizem respeito diretamente à continuidade da violência contra a mulher e à violência de gênero em geral. Há o caso da misoginia, que caracteriza uma aversão doentia às mulheres. Elas são tratadas como objeto. Também existe, e de modo muito presente em nossa sociedade, o machismo, um sentimento de superioridade masculino em relação às mulheres. E há ainda a questão do sexismo, que é a determinação de papéis considerados imutáveis para homens e mulheres.
É hora de construir uma nova civilização, o que passa essencialmente pela superação da misoginia, do machismo, do sexismo e de todo e qualquer meio de violência contra as mulheres e de gênero em geral. Seremos humanos de fato quando essa superação for alcançada. Vamos somar forças!
Como deputado estadual e cidadão, tenho trabalhado com afinco em apoio às instituições que zelam pela Saúde da Mulher em todo nosso estado, destinando recursos de nossas emendas parlamentares e buscando outros investimentos junto ao Governo do Estado de São Paulo.Também apresentei o Projeto de Lei nº 521/2021, que propõe a criação de Bases de Excelência da Mulher nos municípios paulistas, visando garantir atendimento digno, ágil e humanizado às mulheres em consultas e procedimentos médicos, questões psicossociais e casos de violência. O projeto segue em tramitação na Alesp, mas o Governo Estadual já deu início recentemente à implantação da “Casa da Mulher” em algumas cidades, após nossa sugestão, com o mesmo propósito.
Também temos atuado no sentido de ampliar as delegacias de Defesa da Mulher e o atendimento 24 horas nessas unidades especializadas, embora seja nosso desejo que as mulheres jamais precisem recorrer à polícia.
Está na hora de reconhecer, não apenas com palavras, mas com gestos e atitudes, a importância das mulheres na construção de um mundo mais justo e fraterno. São elas as responsáveis pela vida, pela nossa existência. E isso já basta para que sejam amadas e respeitadas.
Mulheres, deixo aqui minha homenagem e gratidão a todas! Vocês são exemplo de resiliência! Desejo que Deus continue abençoando a todas e contem sempre com nosso mandato. Amém!
“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubis.” (Prov. 31:10)