Você já reparou quanto tempo seu filho passa no celular, nos tablets ou assistindo televisão? No último domingo, o programa Fantástico, da TV Globo, veiculou reportagem sobre os impactos do uso prolongado de telas durante a infância.
Para Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT, este é um assunto de extrema importância.

“Uma série de pesquisas revelam que crianças que usam telas de forma prolongada apresentam déficits no desenvolvimento cognitivo e mental”, diz o especialista.
“Além de complicações na visão e uma capacidade reduzida de atenção, os pequenos também podem acabar não desenvolvendo de forma efetiva suas habilidades sociais e apresentar distúrbios do sono e até mesmo depressão”, conclui.

Isso acontece porque, ao ficar diante das telas, a criança está consumindo conteúdos passivamente, abrindo mão de oportunidades valiosas e de praticar outras atividades importantes, como manter contato com a natureza, exercer o hábito da leitura e praticar exercícios físicos.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que, até os dois anos de idade, as crianças não devem ter acesso algum ao uso de telas a fim de evitar prejuízos para o desenvolvimento de habilidades sociais e de linguagem. Já entre dois e cinco, a recomendação é de no máximo uma hora de uso por dia com a supervisão de um adulto.

“É claro que, em um mundo cercado pela tecnologia, é difícil para os pais estabelecerem limites para o uso de telas”, afirma Colombini. “Por isso, a família não pode simplesmente proibir o uso de celulares, mas deve oferecer aos filhos outras opções de brincadeiras, lazer e interação, diversificando os estímulos com os quais a criança tem contato”, conclui.

O ideal é que tudo seja feito seguindo combinados e que os pais desenvolvam uma monitoria positiva, ou seja, supervisionem o uso de telas dessas crianças sempre de uma forma não-punitiva e com muito afeto e acolhimento. “Esse é um processo que pode ser complexo e, por isso, o apoio profissional pode ser importante”, diz o especialista. “Para isso, as famílias podem procurar psicólogos e orientadores parentais que vão oferecer estratégias de intervenção para ajudá-las a colocar em prática uma gestão positiva do uso de telas”, conclui.

A modalidade de terapia conhecida como AT (Acompanhamento Terapêutico) é uma ótima aposta para estes casos. Isso porque os psicólogos conhecidos como Acompanhantes Terapêuticos (ATs), por atenderem o paciente fora do consultório, em seu ambiente natural, conseguem ter um contato estreito e direto com a realidade de cada família, propondo ações altamente eficazes.

Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

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Telas na infância: como o psicólogo pode ajudar a família?