Foto: Reprodução/Globo/Altas Horas

O músico Da Ghama, um dos fundadores do grupo Cidade Negra, criticou uma alteração feita na letra de Girassol.

Na música, lançada pela banda em 2002, um verso original dizia: “Já que, pra ser homem, tem que ter A grandeza de um menino“. Contudo, durante uma apresentação recente na televisão, o cantor Toni Garrido anunciou que transformaria o “menino” em “menina”, depois de passar a considerar que a composição trazia uma ideia “hétero machista top, horrível”.

Da Ghama foi expulso do Cidade Negra em 2008. Na ocasião, ele queria tirar “umas férias” do grupo e lançar o projeto solo. Contudo, os ex-companheiros decidiram seguir com o projeto sem a participação dele.

Cantor do Cidade Negra defende a mudança

Depois das críticas de Da Ghama nas redes sociais, Garrido decidiu se pronunciar. “Que curiosa a polarização das palavras”, falou. “Na minha brincadeira amorosa, eu queria homenagear as mulheres.”

O cantor se defendeu ao afirmar que tinha a intenção de remeter ao ditado “por trás de todo grande homem, existe uma grande mulher”. “As pessoas podem cantar [a música] como elas quiserem”, ponderou.

Garrido, porém, não comentou se seguirá cantando a versão woke ou não, o que pode gerar uma dissonância no coro de fãs em uma próxima apresentação do Cidade Negra. “Quem sou eu para dizer se você pode cantar ou não pode cantar do jeito que você quiser?”, perguntou.

Em 2026, o grupo retorna aos palcos para a turnê De Agora Em Diante, que comemora os 40 anos da fundação da banda. Em sua postagem mais recente sobre a série de shows, Garrido recebeu dezenas de críticas, incluindo um pedido para que a banda altere o nome para “Cidade Meio Parda”. Dentre os comentários, uma fã reclamou: “Você era um artista que estava acima de direita e esquerda”. 

Para Da Ghama, coautor do hit, a alteração gerou “incômodo” e o fez se sentir desrespeitado “como compositor”. Em um vídeo, comentou: “A ideia básica de colocar ‘a grandeza do homem na pureza de um menino’ traduz o sentimento de fazer crítica aos homens que fazem guerra”.

O músico também negou qualquer conotação machista, defendendo a ideia de que a letra original “é uma poesia”. Ele completou a explicação ao afirmar que a intenção era falar do “reencontro” do “homem que faz a guerra” com a “doçura e com a pureza” de uma criança.

Fonte: Revista Oeste

Fonte: Diário Do Brasil

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