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Um estudo preliminar publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) nesta terça-feira (2/12) apontou que a tinta usada em #tatuagens — especialmente nas cores preta e vermelha — pode interferir no funcionamento do sistema imunológico.

Segundo os pesquisadores, os pigmentos não ficam inertes na pele: em poucas horas, eles entram na circulação #linfática e se acumulam nos gânglios, estruturas responsáveis por organizar a defesa do organismo.

Essa migração faz com que células de defesa chamadas macrófagos tentem engolir os pigmentos. Mas, como muitos desses materiais contêm metais e compostos #sintéticos difíceis de degradar, os macrófagos acabam morrendo ao tentar processar as partículas.

O acúmulo de células mort4s e pigmentos provoca um estado de inflamação constante nos gânglios, que pode durar anos.

Os gânglios linfáticos são essenciais para montar a resposta a vacinas. É neles que o corpo aprende a produzir anticorpos e células de #memória. Se os gânglios estão inflamados ou sobrecarregados pela presença de tinta, a resposta #imunológica pode ser menos eficiente.

O estudo indica que vacinas aplicadas próximas a uma tatuagem — especialmente tatuagens recentes — podem gerar uma resposta menor em algumas pessoas. Isso ocorre porque os macrófagos prejudicados têm mais dificuldade de capturar o antígeno da #vacina e acionar o restante do sistema imune.

O trabalho também reforça que pigmentos pretos e vermelhos causaram os efeitos mais tóxicos nos experimentos.

Os cientistas destacam que esses resultados ainda são preliminares. Parte das análises foi feita em modelos animais ou laboratoriais, e a intensidade do impacto em humanos ainda precisa de mais estudos.

Segundo os cientistas, o próximo passo é entender como os pigmentos interagem com o sistema #imunológico para que seja possível orientar profissionais de saúde e desenvolver regulações mais claras para a indústria de tatuagens.

Fonte: Metrópooles

Fonte: Diário Do Brasil

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Tintas de tatuagem podem interferir no sistema imunológico e na eficácia de vacinas