
O presidente Donald Trump assinou nesta segunda, 5, uma ordem executiva que proíbe o financiamento federal para pesquisas que tornam vírus mais transmissíveis ou letais.
A medida afeta diretamente estudos feitos nos Estados Unidos e em países com “pouca supervisão”, como China e Irã.
Esse tipo de experimento é conhecido como “pesquisa de ganho de função”.
O objetivo, segundo defensores desse tipo de pesquisa, é prever mutações naturais de vírus e preparar vacinas ou remédios. Na prática, envolve modificar geneticamente patógenos para que se espalhem com mais facilidade ou causem doenças mais graves.
A Casa Branca afirma que essas pesquisas aumentam o risco de novos surtos e podem ter causado a pandemia de COVID-19 e o surto de gripe de 1977, que teria começado com um vazamento em laboratório.
A nova ordem também impõe uma pausa imediata em estudos com agentes infecciosos dentro dos Estados Unidos.
O governo vai criar novas regras de biossegurança em até 120 dias.
Os pesquisadores terão de seguir normas mais rígidas e informar todo experimento que represente risco à saúde pública, mesmo que pago por empresas privadas.
O caso da organização EcoHealth Alliance é citado como exemplo.
Ela repassou recursos públicos para pesquisas com coronavírus no Instituto de Virologia de Wuhan. Em 2024, perdeu o financiamento após descumprir exigências de segurança.
A decisão critica as políticas adotadas durante o governo Biden, como a DURC/PEPP e o sistema de triagem genética.
Segundo Trump, essas normas são ineficazes porque confiam no autorrelato dos cientistas e não têm fiscalização adequada.
Apesar das restrições, a Casa Branca diz que os Estados Unidos continuarão liderando em biotecnologia e pesquisa médica.
A ordem não proíbe estudos considerados seguros e que contribuam para a proteção da população.
Para o governo, o risco de um novo acidente em laboratório é alto demais para ser ignorado.
Fonte: O antagonista
Fonte: Diário Do Brasil