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Nos últimos dias, a Venezuela intensificou suas ações em relação à disputa pelo Essequibo, território rico em petróleo administrado pela Guiana, mas reivindicado por Caracas. Relatos apontam que o governo de Nicolás Maduro realizou patrulhas militares nas proximidades da fronteira e em águas contestadas, com o objetivo de afirmar sua soberania sobre a região. Além disso, a Venezuela denunciou publicamente supostas provocações da Guiana e da ExxonMobil, que opera na área, e reiterou sua rejeição ao Acordo Arbitral de 1899, insistindo que o Acordo de Genebra de 1966 é a única base legítima para negociações bilaterais. Essas movimentações reacenderam tensões, especialmente após os Estados Unidos alertarem sobre violações de águas territoriais guianesas por navios militares venezuelanos.

A resposta da Guiana foi imediata, com o governo de Irfaan Ali colocando suas forças armadas em alerta máximo e reforçando sua posição de que qualquer escalada será tratada como uma ameaça à sua soberania. Os EUA, por sua vez, emitiram fortes advertências contra as ações venezuelanas, denunciando a presença de um navio militar em águas do Essequibo como um ato provocativo e reafirmando seu apoio à Guiana. A situação também colocou o Brasil em uma posição delicada, com o governo brasileiro aumentando sua presença militar na fronteira norte e defendendo uma solução diplomática para evitar um conflito regional mais amplo.

A disputa pelo Essequibo, intensificada pelas recentes ações da Venezuela, permanece um ponto de tensão na América do Sul, com implicações geopolíticas que vão além dos dois países diretamente envolvidos. Enquanto Caracas busca consolidar sua narrativa de soberania e pressionar por negociações bilaterais, a Guiana, apoiada por aliados como os EUA, insiste na mediação internacional via Corte Internacional de Justiça. O risco de escalada militar, embora ainda considerado baixo, preocupa a região, especialmente diante do interesse global pelos recursos naturais do Essequibo e da possibilidade de envolvimento de potências externas em um eventual conflito.

Fonte: Diário do Brasil

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Venezuela avança sobre campos de petróleo da Guiana e EUA se prepara para embate