Golpistas utilizaram prática conhecida como “drenagem” para roubar o saldo de cartões Vanilla, os “gift cards” da Visa
A Visa está sendo processada por consumidores após casos de fraude nos cartões-presente Vanilla. De acordo com as denúncias, golpistas estão utilizando uma prática conhecida como “card draining” (drenagem de cartão, em inglês) para roubar o saldo dos cartões sem serem detectados.
- Consumidores estão processando a Visa e dois emissores dos cartões-presente Vanilla após casos de fraude;
- No golpe, conhecido como “drenagem”, ladrões registram os dados do cartão e utilizam a carga sem serem detectados;
- A ação coletiva, registrada no tribunal de White Plains, em Nova York, aponta que a Visa falhou em tomar medidas para aumentar a segurança dos cartões – além de não fornecer reembolso aos clientes;
- Até o momento, os réus não se pronunciaram sobre o caso;
- As informações são da Reuters.
Como divulgado pela Reuters, Ira Schuman, líder da ação coletiva – aberta na última terça-feira, dia 30, no tribunal de White Plains, em Nova York – afirmou ter comprado oito cartões do tipo Vanilla com saldo de 500 dólares para presentear seus funcionários no Natal. Mais tarde, eles descobriram que o saldo dos cartões já havia sido drenado antes que pudessem utilizá-lo.
Como funciona a fraude da drenagem
De acordo com a ação, os cartões-presente ficam envoltos em uma fina embalagem de papelão que pode ser facilmente aberta pelos golpistas. Uma vez obtidas as informações do cartão, ele é selado novamente, sem que seja possível perceber a violação da embalagem.
Depois, os ladrões acompanham o site do cartão-presente para identificar quando a carga for realizada e, então, utilizam o dinheiro com os dados adquiridos previamente.
O processo aponta que a Visa e dois emissores do cartão Vanilla, Incomm Financial Services e Pathward Financial, estavam cientes da vulnerabilidade dos cartões e falharam em tomar medidas para aumentar a segurança, além de não ofereceram reembolso às vítimas. Até o momento, nenhum dos réus se pronunciou sobre o ocorrido.
Por Ana Julia Pilato, editado por Bruno Capozzi