Uma mera comparação de números já fala por si: em 100 dias na Alemanha, houve uma média de cerca de oito mortes por covid-19 por 100 mil habitantes. Nos EUA, a taxa de mortalidade é de 20; no Reino Unido, de 43; e na Espanha, de 54.
“Até agora, a proteção da população deu bastante certo na Alemanha”, resume Lothar Wieler, presidente do Instituto Robert Koch, em relação ao progresso da pandemia no país. O instituto de prevenção e controle de doenças é uma espécie de autoridade nacional de saúde e se reporta ao Ministério da Saúde alemão.
Comparada a outros países, a Alemanha reagiu às infecções precocemente, segundo Wieler, e não apenas quando já havia muitas pessoas infectadas. As medidas iniciais foram particularmente eficazes, de acordo com o especialista.
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, já considerada antes da crise como “carta fora do baralho” por uma parcela da mídia alemã e também da sua União Democrata Cristã (CDU), levou cedo a pandemia a sério. Ela falou aos cidadãos em discursos na TV, quase fez de entrevistas coletivas consultas aos cidadãos e – cientista formada que é – explicou sem esforço o significado dos gráficos, curvas e números da pandemia. Ela tem sido bastante elogiada.