Embora a situação tenha começado em países asiáticos, no cenário atual o surto está presente em pelo menos 114 países, infectou quase 120 mil pessoas e deixou mais de 4,7 mil mortos.

A decisão da Itália de colocar em quarentena o país inteiro, além da rápida disseminação da doença no resto da Europa e nos Estados Unidos, o colapso dos preços do petróleo e a montanha russa das bolsas de valores são fatores que fazem especialistas considerarem que uma recessão econômica global no primeiro semestre é quase iminente.

Jeffrey Frankel, professor de economia da Universidade de Harvard, disse que a possibilidade de uma crise econômica “parece ter aumentado dramaticamente”. “Estamos muito perto de uma recessão global”, diz.

Uma voz de alerta que começou a se espalhar entre a maioria dos economistas e investidores, especialmente agora que os casos de contágio estão aumentando rapidamente.

Wall Street entrou em “bear market” na quarta-feira — quando o índice da bolsa tem pelo menos 20% de queda em relação ao seu recorde de alta no ano, encerrando o período de “bull market”, quando a tendência das ações é de alta.

A queda do mercado de ações ocorreu depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o coronavírus é oficialmente uma “pandemia”. No Brasil, na quinta-última (12), a Bovespa teve as negociações paralisadas duas vezes no mesmo dia.

No dia a dia, medidas de isolamento tomadas em alguns países e o medo do contágio afetaram fortemente o setor de turismo, com as companhias aéreas relatando perdas financeiras sem precedentes que as levaram a fechar rotas aéreas ou a operar voos “fantasmas” com quase nenhum passageiro.

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Avanço rápido de pandemia põe mundo próximo de recessão global