‘Viver assim por dez anos é algo que você nunca desejaria nem para o seu pior inimigo’, disse Stefano Domenicali

Stefano Domenicali, chefão da Fórmula 1, desabafou sobre a situação de Michael Schumacher, nesta terça-feira, 19. O ex-piloto alemão sofreu um grave acidente, enquanto esquiava na Estação de Meribel, nos Alpes franceses, em 29 de dezembro 2013 — e nunca mais voltou a andar.

O estado de saúde do heptacampeão mundial é guardado a sete chaves pela família, e poucas pessoas tiveram acesso à lenda do automobilismo desde aquela época.

“O acidente dele em Meribel parece que foi ontem, são episódios que mudam sua vida”, disse Domenicali, em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport. “Por respeito a ele e a sua família, devemos ficar perto dele. Essa situação difícil permanece. O que há entre mim e a família permanece privado, mas viver assim por dez anos é algo que você nunca desejaria nem para o seu pior inimigo.”

Schumacher trabalhou com Domenicali, enquanto foi piloto da Ferrari. Pela escuderia italiana, conquistou cinco dos seus sete títulos na Fórmula 1 (2000, 2001, 2002, 2003 e 2004) — os outros dois foram pela Benetton, em 1994 e 1995. Para Domenicali, o holandês Max Verstappen, tricampeão mundial da categoria neste ano, é o competidor da atualidade que mais lembra Michael Schumacher quando o assunto é a destreza ao volante.

Entenda a situação de Schumacher

Michael Schumacher estava de férias com a família quando aconteceu o acidente, dez anos atrás. Durante um passeio de esqui, entrou em uma área perigosa não demarcada entre duas pistas. Ele usava capacete, mas bateu forte a cabeça e sofreu traumatismo craniano, que o deixou em coma por meses.

Periodicamente, amigos da família de Schumacher que conviveram com o heptacampeão no auge de sua carreira na Fórmula 1 comentam como está seu estado de saúde — mas sem detalhes, protegendo o interesse da mulher do piloto, Corinna Betsch, que prefere a discrição e nunca se abriu sobre o marido.

Um dos poucos que mantém contato com os familiares é Jean Todt, ex-presidente da FIA e ex-chefe da Ferrari, equipe onde Schumacher trabalhou ao lado de Rubens Barrichello.

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Chefão da Fórmula 1 comenta estado de saúde de Schumacher e causa comoção em fãs