A preocupação com a China é característica dos dois maiores partidos dos EUA – e não deve mudar após a eleição presidencial, seja quem for o vencedor. Recente pesquisa do Pew Research Center, que mostra a crescente visão negativa dos americanos com relação aos chineses, indica que a maioria dos republicanos e dos democratas dizem ter uma opinião desfavorável à China.

Na linha cruzada entre China e EUA, especialistas apontam que o cenário é de instabilidade generalizada. “O resultado será um desvio lento, mas constante, em direção à anarquia internacional, passando por tudo, da segurança internacional ao comércio e até pelo gerenciamento da pandemia”, escreveu o ex-primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, na Foreign Affairs deste mês.

“China e EUA podem estar em desacordo com muitos de seus valores, ideologia e prioridades, mas uma interação construtiva em torno de questões de interesse comum é vital para uma ordem mundial estável”, afirma Carla Freeman, diretora do Sais Foreign Policy Institute, da universidade Johns Hopkins.

O ex-embaixador do Brasil em Washington e presidente emérito do Conselho Empresarial Brasil-China, Sérgio Amaral, diz que os chineses saem fortalecidos da crise, mas avalia que nenhum dos dois países terá papel central no cenário internacional sem antes solucionar o conflito existente.

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Eleição não mudará política  americana, dizem pesquisas