“Aqui, diante de vocês, o presidente da república informa que amanhã as relações diplomáticas com o Estado de Israel serão rompidas”

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta quarta-feira (1º) que seu país vai romper relações diplomáticas com Israel.⁠

Ele já havia criticado duramente as ações de Israel em Gaza em sua guerra contra o grupo islâmico Hamas. Mais de 34,5 mil palestinos foram mortos no confronto.⁠

“Hoje, a humanidade, em todas as ruas, concorda conosco. A era do genocídio, do extermínio de um povo inteiro diante dos nossos olhos, diante da nossa humanidade, não pode voltar”, disse Petro.⁠

A ruptura nas relações anunciada pelo governo colombiano, o primeiro de esquerda na história do país, representa uma mudança de 180 graus na política de gestões anteriores, que estabeleceram a Colômbia como o principal aliado de Israel na região.⁠

🇧🇷 Em fevereiro desse ano, uma fala do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comparando as ações de Israel em Gaza ao Holocausto, gerou uma crise diplomática, incluindo a convocação de embaixadores.⁠

Enquanto isso, também em fevereiro, Petro suspendeu as compras de armas de Israel depois da morte de dezenas de pessoas que estavam procurando alimentos em Gaza durante uma ofensiva israelense.⁠

O presidente colombiano descreveu estes atos como “genocídio”, disse que lembravam o Holocausto e acrescentou que o mundo deveria “impedir” Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense.⁠

🇧🇴 Antes da Colômbia, a Bolívia foi o primeiro país da região a romper relações com Israel, em anúncio em novembro do ano passado.⁠

A Bolívia “tomou a determinação de romper relações diplomáticas com o Estado de Israel em repúdio e condenação à agressiva e desproporcional ofensiva militar que ocorre na Faixa de Gaza”, declarou o vice-chanceler das Relações Exteriores do país, Freddy Mamani.⁠

Fonte: BBC Brasil

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Por que Colômbia é o 2º país da América Latina a anunciar corte de relações com Israel
Foto: REUTERS