O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, autorizou procuradores federais a buscarem “alegações substanciais” de irregularidades na eleição presidencial americana antes que o resultado seja certificado. Barr autorizou os procedimentos apesar de não apresentar nenhuma evidência de fraude generalizada.

A ação de Barr vem dias depois do democrata Joe Biden derrotar o presidente Donald Trump e levanta a suspeita de que o presidente em exercício usará o Departamento de Justiça para tentar contestar o resultado eleitoral. A iniciativa do procurador-geral dá aos procuradores a capacidade de contornar a política de longa data do departamento, que normalmente proibiria tais ações abertas antes da certificação da eleição.

Trump não concedeu a eleição e, em vez disso, está alegando, sem evidências, que houve uma conspiração generalizada dos democratas para distorcer a contagem de votos a favor de Biden. O democrata detém uma vantagem considerável em vários Estados e não houve indicação de votos contados indevidamente ou indícios de ilegalidades suficientes que mudariam o resultado.

Funcionários eleitorais de ambos os partidos políticos declararam publicamente que a eleição correu bem, embora tenha havido questões menores que são típicas nas eleições, incluindo máquinas de votação quebradas e cédulas perdidas.

Em um memorando aos procuradores dos Estados Unidos, Barr escreveu que as investigações “podem ser conduzidas se houver alegações claras e aparentemente críveis de irregularidades que, se verdadeiras, poderiam impactar o resultado de uma eleição federal em um Estado individual.”

Os Estados têm até 8 de dezembro para resolver as disputas eleitorais, incluindo recontagens e disputas judiciais sobre o resultado. Membros do Colégio Eleitoral se reúnem em 14 de dezembro para confirmar o resultado.

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Procurador-geral autoriza investigação sobre ‘irregularidades’ na eleição dos EUA