Pelo menos 10 civis israelenses libertados pelo Hamas, tanto homens quanto mulheres, foram sexualmente agredidos ou abusados enquanto estavam no cativeiro, em Gaza. A informação foi divulgada pela agência de notíciasAssociated Press(AP), nesta quarta-feira, 6. O relato, sob condição de anonimato, foi de um médico que tratou dos 110 ex-reféns.

A fala do médico corrobora com relatos semelhantes compartilhados durante uma reunião no gabinete de guerra israelense ocorrida nesta terça-feira, 5. No encontro, estiveram presentes ex-reféns e familiares de pessoas que ainda estão em poder dos terroristas em Gaza.

Participantes da reunião disseram à imprensa que os ex-reféns detalharam suas experiências de estupro durante o cativeiro.

Aviva Siegel, libertada pelo Hamas na semana passada, teria dito, durante a reunião, que algumas das reféns mulheres estavam “sendo tocadas”. O marido de Aviva, um cidadão norte-americano, continua em poder dos terroristas.

De acordo com áudios vazados para a mídia hebraica, outros depoimentos afirmaram que tanto homens quanto mulheres foram agredidos sexualmente.

Israel acusa ONU de ignorar sofrimento das vítimas israelenses

O porta-voz militar tenente-coronel Richard Hecht, afirmou que o exército está “absolutamente” preocupado com a violência sexual contra reféns mulheres.

Enquanto os investigadores ainda tentam determinar a extensão dos ataques sexuais, Israel tem acusado a comunidade internacional, especialmente aOrganização da Nações Unidas (ONU), de ignorar osofrimento das vítimas israelenses.

Para o diretor do Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, Ronen Tzur, a reunião foi “incomum”. Ele esteve presente e relatou: “Membros do gabinete ouviram pela primeira vez reféns femininas libertadas descrevendo coisas difíceis que estão ocorrendo nos túneis”, disse. “Isso inclui abuso sexual e o fato de que os ataques aéreos estão acontecendo muito perto de onde os reféns estão sendo mantidos.”

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, sugeriu, nesta segunda-feira, 4, que o Hamas estaria retendo os reféns porque não deseja que testemunhem sobre o abuso sexual que sofreram durante o período no cativeiro.

“O fato de eles continuarem mantendo reféns mulheres e crianças, e a razão pela qual essa pausa desmoronou”, disse, “é porque eles não querem que essas mulheres falem sobre o que aconteceu com elas durante o período em que estiveram sob custódia.”

105 civis foram libertados durante o cessar-fogo temporário

Durante o período do cessar-fogo temporário, 105 civis foram libertados do cativeiro doHamasem Gaza: 81 israelenses, 23 tailandeses e um filipino.

Anteriormente, quatro reféns foram libertados e um foi resgatado. Pelo menos três corpos foram recuperados por Israel.

De acordo com o governo israelense, o Hamas “teve a oportunidade de prorrogar a trégua, mas recusou-se a liberar todas as mulheres detidas”, como estava previsto no acordo mediado pelo Catar e pelos Estados Unidos (EUA).

Israel Acredita que 138 reféns permaneçam em Gaza, incluindo 20 mulheres.

FONTE: terrabrasilnoticias.com

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Reféns foram abusados sexualmente pelo Hamas em Gaza
Foto: Reprodução/TwitterX/Israel Hoje