O Reino Unido publicou nesta quinta-feira (27) suas exigências iniciais para negociações comerciais com a União Europeia (UE), ameaçando abandonar o diálogo em junho caso os dois lados não consigam fazer progresso suficiente no sentido de um acordo.
Em documento de 36 páginas, o governo britânico admite que o tempo é “limitado”, mas “suficiente” para que um acordo preliminar seja alcançado nos próximos quatro meses. A expectativa do Reino Unido é que o acordo seja finalizado até setembro.
Autoridades britânicas e da UE provavelmente terão uma difícil primeira rodada de discussões na tentativa de estabelecer uma nova relação comercial, depois que o Reino Unido se retirou do bloco no fim de janeiro, dentro do processo conhecido como Brexit.
Ambos os lados alegam querer um acordo de livre comércio, mas têm mostrado sérias divergências sobre como o acerto deve ser implementado e também sobre o que significa concorrência justa entre as duas economias.
No documento, o Reino Unido reitera que “não aceitará quaisquer obrigações de que nossas leis fiquem alinhadas com as da UE, ou que instituições da UE, incluindo a Corte de Justiça, tenham qualquer jurisdição” no país.
O governo britânico reafirma que o período de transição do Brexit não será estendido. Internacionalmente é um contexto delicado entre as partes, pois pode afetar toda atual estrutura de funcionamento da Europa. Caso não seja acordado, as mudanças devem ser realizadas a partir deste ano.
Ainda é desconhecido os impactos para o Reino Unido, Europa e também para o restante do mundo, que deve compartilhar das consequências – obviamente, com menos intensidade.