Em leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta terça-feira (17), os consórcios formados por Petrobras, ExxonMobil, Chevron e a estatal chinesa CNPC arremataram 19 blocos de exploração na Bacia da Foz do Amazonas, uma das áreas mais promissoras da chamada Margem Equatorial.
As empresas vencedoras pagaram um bônus de assinatura total de R$ 844 milhões. Os blocos adquiridos se dividiram da seguinte forma:
– Petrobras e ExxonMobil (em consórcio): 10 blocos
– Chevron e CNPC (em consórcio): 9 blocos
O leilão, sob modelo de concessão, ofertou 47 blocos marítimos na região. No total, 12 empresas apresentaram propostas, entre as 31 habilitadas — incluindo Shell, BP e TotalEnergies.
A Bacia da Foz do Amazonas é considerada uma das mais promissoras para descobertas de petróleo e gás no Brasil. Ela integra a Margem Equatorial, região com alto potencial exploratório, comparada por especialistas ao pré-sal.
Apesar do interesse elevado, a região apresenta desafios socioambientais significativos, devido à sensibilidade ecológica local e à proximidade com áreas protegidas. Ainda assim, a presença de petroleiras globais reforça o peso estratégico do local.
O recente agravamento das tensões entre Israel e Irã elevou a percepção de risco no mercado global de energia. Segundo Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o Brasil se destacou por oferecer estabilidade geopolítica, segurança jurídica e acesso facilitado aos principais mercados internacionais.
A participação da CNPC, maior produtora de petróleo da Ásia, reflete a estratégia da China de expandir sua presença na América do Sul. Atuando no Brasil desde 2013, a estatal chinesa já participa do consórcio de exploração do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, e agora amplia sua atuação com a aquisição de blocos na Margem Equatorial.
Fonte: Conexão Política
Fonte Diário Brasil
