A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia lança uma campanha para falar da importância dos sinais e sintomas corporais para o diagnóstico de leucemia. Trata-se de um câncer, que tem início nas células-tronco da medula óssea. As células sanguíneas doentes proliferam e atrapalham a produção das células sanguíneas saudáveis da medula óssea, diminuindo seu número normal. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados 10.810 novos casos da doença em 2020.
Algumas mudanças no organismo podem ajudar o paciente a identificar a leucemia e buscar o diagnóstico com maior rapidez. Este é o objetivo da campanha “A leucemia parece invisível. Mas seus sintomas são evidentes”, lançada pela Abrale.
“Por não ser um tumor que cresce em alguma parte do corpo, muitas vezes entender a leucemia pode ser difícil. Mas sinais como cansaço e falta de ar, febre, infecções muitas vezes graves ou recorrentes, sangramentos e manchas roxas na pele, gânglios linfáticos inchados e dores ósseas e nas articulações devem acender o sinal de alerta”, afirma a presidente da Abrale, Merula Steagall.
A leucemia é o câncer mais incidente na população com até 20 anos de idade, em que o subtipo mais frequente é a LLA (leucemia linfoide aguda). Contudo, em números gerais, a maior parte dos casos ocorre em indivíduos idosos. Enquanto na população entre 20 e 49 anos a mais frequente é a LMA (leucemia mieloide aguda), nos indivíduos com mais de 50 anos é a LLC (leucemia linfoide crônica) e a LMC (leucemia mieloide crônica).
No Brasil, segundo estimativas do Inca, a leucemia foi o 13° tipo de câncer mais frequente em 2017, correspondendo a 1,7% do total de novos casos (INCA,2016). Com relação à mortalidade, os óbitos por leucemia no Brasil representaram 3,1% do total de mortes por câncer em 2017, sendo o 8° tipo de câncer com maior mortalidade (Datasus, 2019).