Um corpo metálico com cerca de três quilos de massa que está sendo construído num laboratório da Universidade de Brasília (UnB) subirá 500 quilômetros até o fim do próximo ano com uma missão: conectar áreas remotas do País. O Alfa Crux 1 é um nanossatélite em formato de cubo que permitirá a transmissão de dados e voz em áreas que hoje não são atendidas, o que poderá inclusive auxiliar no tratamento remoto contra a covid-19 nas regiões mais isoladas do País.
Borges é membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), uma organização de alcance global que atua na busca por soluções tecnológicas em áreas “esquecidas” ou de difícil acesso. E o nanossatélite brasileiro está surgindo também com esse propósito.
O projeto da UnB conta com recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). Inicialmente, foi orçado em R$ 1,6 milhão, mas o investimento poderá quase dobrar até que o nanossatélite esteja pronto para ser lançado.
Quando ficar pronto – a previsão é o último trimestre de 2021 – o Alfa Crux 1 irá pegar carona num foguete e será lançado a 500 quilômetros de altitude. O satélite tem previsão de ficar em órbita por dois anos, período em que terá como missão transmitir dados a partir de uma banda estreita – espécie de internet de baixa velocidade, mas que não afeta em nada seu propósito
