O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que o isolamento da população está mantido no estado. A declaração foi feita em coletiva no Palácio Guanabara, sede do executivo, após a reunião por meio digital com o presidente Jair Bolsonaro, que estava em Brasília, e com governadores da região Sudeste.
Ele pediu que no momento as pessoas fiquem em casa e continuem seguindo as medidas restritivas de circulação, porque somente assim, os mais velhos serão preservados.
A orientação do governador contrasta com o pronunciamento feito na noite de terça-feira (24) pelo presidente Bolsonaro. Witzel ponderou, no entanto, que como foi magistrado, sempre pautado em opiniões de especialistas, não caberia a ele abrir respeitosamente a divergência.
“A política é feita do diálogo de convergências e divergências. Nem sempre vamos convergir e o espaço democrático é para se ter o debate. Não convergi com aquilo que o presidente falou ontem e fui de forma respeitosa [à reunião digital] assim como espero ser tratado sempre, levando em consideração que aqui não tomamos decisões desarrazoadas”, afirmou.
“Espero que o presidente continue mantendo o diálogo e dando abertura para que os governadores falem de forma respeitosa aquilo que entendemos ser pertinentes. No momento não há espaço para abertura do confinamento e muito menos de afrouxamento das medidas que tomamos.”
COOPERAÇÃO / Witzel descartou também na coletiva divergências entre o estado e o município do Rio de Janeiro. Como exemplo de cooperação, lembrou que a prefeitura da capital cedeu um terreno onde será instado pelo governo estadual, um hospital de campanha.
Na área de saúde reforçou a instalação de seis hospitais de campanha com capacidade para 1200 leitos. De acordo com o governador, conforme avaliações dos técnicos do estado e do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, após o dia 4 de abril, será possível fazer uma análise mais precisa do achatamento da curva.