Apesar da pandemia de Covid-19, é essencial manter em dia cartão de vacinação do seu pet
Assim como nós, os animais de estimação também precisam ser vacinados. Um dos fatores mais importantes para o cuidado com a saúde desses animais, a vacinação é responsável por manter a saúde e o bem estar dos nossos amiguinhos e dos seus tutores, pois algumas das doenças que as vacinas protegem são transmissíveis aos seres humanos.
Conforme explica a Médica Veterinária Tatiane Manzano, responsável técnica da Animed Hospital Veterinário, para garantir a saúde dos pets, é necessário que as vacinas sejam aplicadas seguindo o calendário de vacinação. Uma das vacinas disponíveis, em caráter não obrigatório, é a que protege contra o Coronavirus Canino.
Sobre a idade correta para vacinar os pets, Manzano esclarece quais são as vacinas que integram o calendário de vacinação de cães e gatos.
Conforme aponta a veterinária, os protocolos são diferentes para cães e gatos. As vacinas de cães são as polivalentes (V8 ou V10) que imunizam contra: Cinomose, Hepatite Infecciosa Canina, Parvovirose, Coronavirose, Adenovirose, Parainfluenza Canina e Leptospirose. Esta vacina, além da anti-rábica, é de caráter obrigatório. Há ainda outras vacinas que não são obrigatórias, como a que previne doenças como Giardia, Gripe Canina e Leishmaniose – vacinação extremamente útil quando o cão mora em uma região endêmica para a doença.
Para os gatos, estão disponíveis a a anti-rábica, a vacina quádrupla, que imuniza contra Panleucopenia, Calicivirose, Rinotraqueíte e Clamidiose; e a quíntupla que protege contra todas as anteriores mais a Leucemia Felina.
O esquema de vacinação pode variar de acordo com o orientações do médico veterinário, mas em geral é o seguinte:
Cães Filhotes – Entre 6 e 8 semanas, primeira dose da vacina polivalente (V8 ou V10), com intervalo de 3 semanas entre cada dose, totalizando 4 doses. A partir de 12 semanas, dose única de vacina anti-rábica. A partir de 16 semanas, primeira dose de giárdia e gripe com intervalo de 3 semanas entre cada dose, totalizando 2 doses. Leishmaniose, primeira dose, com intervalo de 3 semanas entre cada dose, totalizando 3 doses. Depois, o animal deve ser submetido a doses únicas anuais de reforço.
Cães adultos – Primeira dose de vacina polivalente (V8 ou V10), com intervalo de 3 semanas entre cada dose, totalizando 3 doses, mais dose única de anti-rábica. Se o tutor desejar realizar as vacinas de caráter não obrigatório, elas são intercaladas entre a polivalente e aanti-rábica. Após esta fase, o animal deve ser submetido a doses únicas de reforço, anualmente.
Gatos filhotes – Entre 6 e 8 semanas, primeira dose da polivalente (quádrupla ou quíntupla) com intervalo de 3 a 4 semanas entre cada dose, totalizando 3 doses. A partir de 12 semanas, dose única da vacina anti-rábica. Depois, o animal deve ser submetido a doses únicas anuais de reforço.
Gatos adultos – Primeira dose da polivalente (quádrupla ou quíntupla), com intervalo de 3 a 4 semanas entre cada dose, totalizando 3 doses, mais dose única de anti-rábica. Após esta fase, o animal deve ser submetido a doses únicas de reforço, anualmente.
O tutor deve ficar atento, pois há algumas contra-indicações para as vacinas. “O que é preconizado é que o animal esteja saudável. Animais que no cio, em gestação ou lactentes, que estejam tomando medicações como antibióticos ou anti-inflamatórios, recém operados também não devem ser vacinados. Por isos é fundamental que somente médicos veterinários apliquem as vacinas, pois este profissional irá avaliar o pet antes de cada vacinação”, ressalta a médica veterinária.
Uma das grandes preocupações de quem tem animais de estimação é o estresse gerado durante a vacinação. O conselho de Tatiane Manzano é que os tutores conversem com o veterinário sobre o comportamento do animal. “Em geral, para cães de pequeno porte, solicito que tutor que segure no colo, como de costume, e aplico a vacina. No caso dos cães de grande porte, é possível aplicar a vacina com o pet no chão, com o tutor segurando firme a guia. Quando necessário maior segurança tanto do médico veterinário, como do tutor, recomendo o uso de focinheiras”.
Os felinos também merecem atenção especial no momento da vacinação. “Os gatos são os que mais se estressam, mas hoje já existem muitas técnicas de “cat friendly”, aponta a veterinária. Entre as estratégias, estão usar música ambiente para acalmar os gatos, consultórios exclusivos para gatos, fazer carinho no ouvido, entre outras. “Dessa maneira, na maioria das vezes, fazer a aplicação da vacina é bem mais tranquilo”, comenta.