
Com a chegada do mês de junho, é possível sentir o clima de amor no ar. Afinal, o Dia dos Namorados, uma das datas mais aguardadas pelos casais e pelo comércio, é celebrado no dia 12 deste mês. A busca pelo presente ideal aquece o mercado, mas também atrai golpistas que se aproveitam da pressa e da emoção dos consumidores.
Segundo dados divulgados por um levantamento da OLX, os brasileiros sofreram um prejuízo estimado de R$ 3,5 bilhões em fraudes no e-commerce durante 2024. O ambiente digital pode se tornar um campo minado para quem não toma os devidos cuidados, sobretudo em períodos de maior demanda, como as datas comemorativas.
Entender quais são os principais golpes na internet e adotar medidas de segurança durante as compras online são estratégias para evitar fraudes na hora de comprar o presente da pessoa amada.
Phishing é o golpe mais comum
Datas comemorativas são famosas por aquecer o comércio, mas também podem ser oportunidades para golpistas. Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), os responsáveis por crimes cibernéticos exploram a fragilidade e a falta de conhecimento dos brasileiros para roubar dados. Por isso, uma das formas de evitar cair em armadilhas no ambiente virtual é conhecer como esses criminosos agem.
Os golpes podem ocorrer de diferentes formas, mas o mais comum é o phishing. Conforme informações do TJSC, nesse tipo de golpe, o criminoso tenta obter dados pessoais e financeiros do usuário utilizando canais como e-mails, mensagens de texto, ligações ou sites fraudulentos. Para isso, são usados links falsos.
Um estudo da NielsenIQ revela que três em cada dez pessoas devem fazer compras pelas mídias sociais em 2025, tornando esses canais um dos principais alvos de criminosos. Por isso, é importante estar atento a anúncios de vendas que podem ser usados como iscas para golpes por meio da hospedagem de links maliciosos.
Saiba como se proteger na hora das compras
No Dia dos Namorados, a emoção de presentear quem se ama costuma falar mais alto, mas é importante tomar precauções para evitar prejuízos. Especialistas recomendam atenção redobrada ao escolher onde comprar.
A diretora de Pagamentos & Banking da Vindi, Monisi Costa, orienta dar preferência para sites conhecidos e verificar se há cadeado de segurança no navegador (https). Ela alerta que muitos golpistas exploram a pressa dos consumidores e a sedução dos preços baixos, portanto, é fundamental desconfiar de anúncios que ativem esses gatilhos. Outra dica é pesquisar a reputação da loja em canais como Reclame Aqui e redes sociais.
Ela também orienta atenção ao ambiente de pagamento e optar por lojas que operam com hub de pagamento, plataforma que integra métodos de pagamento, autenticação e sistemas antifraude em um só ambiente, já que costumam oferecer maior proteção aos dados financeiros. Ao centralizar as transações e aplicar múltiplas camadas de segurança, esses sistemas ajudam a reduzir o risco de fraudes.
Monisi também orienta o uso de cartões virtuais para uma camada extra de proteção, além de ativar notificações em tempo real no aplicativo bancário. Ela também destaca que não se deve compartilhar dados bancários ou senhas com terceiros.
A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon SP) recomenda escolher lojas que diversifiquem suas formas de pagamento online, pois estabelecimentos que aceitam apenas Pix ou boleto bancário, sem disponibilizar opções como cartão de crédito, podem ser suspeitos.
A Fundação Procon ainda recomenda guardar todos os comprovantes da operação, como prints de telas, e-mails de confirmação e eventuais conversas, que podem ser essenciais para solucionar qualquer problema futuro.
Caso caia em um golpe, esteja preparado para agir
Além de saber como se prevenir, também é importante estar atento às práticas caso seja vítima de golpe. Monisi relata que a primeira ação ao perceber um crime pós-compra online é entrar em contato com a instituição financeira para tentar o bloqueio do cartão ou o estorno do valor.
A especialista também reforça a orientação dada pelo Procon e recomenda ter em mãos todas as evidências da transação guardadas previamente, como prints, comprovantes, e-mails ou conversas com o vendedor, para registrar um boletim de ocorrência.Para ajudar a evitar novos golpes, Monisi destaca que é importante informar ao Procon e outros órgãos de defesa do consumidor, como o Consumidor.gov.br sobre o crime.