Advogados de presos do 8/1 pediram que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator das ações do 8 de janeiro, Alexandre de Moraes, apresentassem provas que embasam o suposto “plano homicida” de manifestantes contra o ministro .
Segundo o ministro, a investigação dos atos de 8 de janeiro teria identificado “três planos” concluídos alimentados por manifestantes que previam a sua prisão e o seu assassinato
“O primeiro anterior que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Sim, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendeu que, após o golpe, eu deveria ser preso e forçado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, afirmou Moraes na ocasião.
A petição apresentada pelos advogados Ezequiel Silveira, Gabriela Ritter e Carolina Siebra também exige que o ministro se declare impedido e suspeito para julgar as ações do 01/08.
“Os motivos que deságuam na declaração de impedimento se revestem de especial gravidade, e sua existência leva à nulidade absoluta ante a presunção juris et jure de parcialidade do juiz”, diz um trecho da petição ao citar o artigo 252 do Código Processual Penal (CPP ), que diz que o juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que ele “por parte ou diretamente interessado no feito”.
Fonte: Gazeta do Povo