“Em decorrência da falta de acesso a todos os elementos de prova, o peticionário opta, por enquanto, pelo uso do silêncio, não abdicando de prestar as devidas declarações assim que tiver conhecimento integral dos elementos”, afirmaram os advogados do ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), respondeu à intimação da Polícia Federal (PF) para que prestasse depoimento sobre o suposto planejamento de uma intervenção militar, investigada no âmbito da Operação Tempus Veritatis. O ex-chefe do Executivo optou por comunicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua decisão de não prestar depoimento neste momento.

Ele expressou sua disposição de cooperar com as investigações, mas ressaltou que só concordará em falar com a PF após ter acesso completo a todas as mídias contidas nos celulares apreendidos durante as operações contra ele.

Os advogados de Bolsonaro argumentaram que ainda não receberam acesso integral às provas da investigação, que poderiam ser relevantes para demonstrar sua inocência. Eles enfatizaram a importância do acesso total às provas para esclarecer a verdade e garantir a justiça, princípios fundamentais em uma sociedade democrática baseada no Estado de Direito.

“Se disponibilizados em sua integralidade, poderiam, inclusive, contribuir de maneira significativa para a comprovação da inocência do peticionário (Bolsonaro) e o esclarecimento da verdade real, um princípio essencial em uma sociedade justa e democrática, fundamentada nos pilares do Estado de Direito”, alegaram os advogados.

João Pedro Magalhães/brasilsemmedo.com

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Bolsonaro diz ao STF que não vai depor à PF sem ter acesso às provas, que é seu direito