A Câmara de Marília adiou nesta semana a decisão sobre o “Caso da Carteirada”, envolvendo a vereadora Professora Daniela (PSL). A sessão desta segunda-feira (5) não incluiu a discussão sobre o arquivamento da Comissão Processante (CP), por 2 votos a 1.

Os votos que decidiram pelo arquivamento partiram dos relatores Mário Coraíni Júnior (PTB) e João do Bar (PP). Apenas o terceiro membro da comissão, o vereador José Carlos Albuquerque (PSDB), votou pela continuidade do processo administrativa que poderia ocasionar a cassação da vereadora por falta de decoro parlamentar.

Apesar da divergência entre os relatores, é de responsabilidade do plenário do Legislativo o encaminhamento do pedido de cassação da vereadora. A expectativa era que a decisão fosse tomada nessa segunda-feira. No entanto, o assunto não entrou em pauta na Casa de Leis e segue incerto para sua definição.

Opinião pública muda chapa política

Em seu voto pelo arquivamento, o vereador Coraíni afirmou que o caso não se caracterizava como quebra de decoro.

“Em nenhum momento a acusada pediu ou requereu intervenção ilegal usando o cargo de vereadora. Tão somente solicitou informações sobre como deveria proceder diante da situação de momento enfrentada. Não se encontra qualquer menção do uso do cargo de vereadora, não se caracterizando quebra de decoro”, escreveu o relator.

Seu posicionamento provocou o racha com a coligação ‘Endireita Marília”, pactuada entre os partidos PTB e PRTB. Dias depois, o parlamentar renunciou a sua candidatura de vice-prefeito para disputar as eleições municipais em novembro.

Nova posição

Em uma publicação de vereadora Professora Daniela nas redes sociais nesta semana, sua filha elogiou a postura da mãe e criticou a repercussão do caso.

“Quem te conhece sabe que não seria capaz de algo desse tipo, jamais usou do seu cargo de vereadora, você é uma pessoa humilde, que sempre esteve a disposição para ajudar a todos e sempre fez isso com muita dedicação. Temos provas e palavra, quem fechar os olhos para isso, saberemos que é pura perseguição”, disse a filha da vereadora.

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Decisão do ‘Caso da Carteirada’, envolvendo a vereadora Professora Daniela, segue incerta