O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou uma sentença de 17 anos de prisão para Maria de Fátima Mendonça Jacinto, conhecida como “Fátima de Tubarão”, devido aos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023. O julgamento foi concluído no plenário virtual nesta sexta-feira, causando grande repercussão nacional.
A decisão foi proferida seguindo o posicionamento do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, que não somente votou pela prisão, mas também pelo pagamento de uma indenização de R$ 30 milhões. O voto de Moraes foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
Condenação de Fátima de Tubarão
Fátima de Tubarão foi julgada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A decisão encerra um capítulo importante relacionado aos eventos antidemocráticos.
A condenação de Fátima reforça a postura do STF em relação à defesa das instituições democráticas e do Estado de Direito. Durante o processo, foram revelados detalhes sobre sua participação ativa nos atos de julho, o que pesou significativamente na deliberação final.
Como foi a votação no STF?
Embora houve unanimidade quanto à culpa de Fátima, os ministros divergiram sobre a quantidade de pena a ser aplicada. Enquanto Alexandre de Moraes e outros ministros mantiveram a punição de 17 anos, outros magistrados sugeriram penas diferentes:
- Ministro Cristiano Zanin e Edson Fachin: condenação com penas variantes
- Ministro Nunes Marques: propôs 2 anos e 6 meses de prisão
- Ministro André Mendonça: sugeriu 5 anos de reclusão
- Presidente do STF, Luís Roberto Barroso: pena de 11 anos e 6 meses por quatro crimes, excluindo o delito de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
A diferença de posições entre os ministros reflete a complexidade e a gravidade das acusações.
Qual o impacto dessa condenação?
A Polícia Federal apresentou evidências contundentes contra Fátima, incluindo um vídeo gravado no dia 8 de janeiro onde ela afirmava ser necessário “limpar geral”, referindo-se à remoção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em mensagens posteriores aos atos, Fátima mostrava-se desafiadora, identificando-se como integrante do “pelotão de frente” nos ataques aos Três Poderes, incluindo a residência do ministro Alexandre de Moraes.
Os acontecimentos e as mensagens de Fátima consolidaram a necessidade de uma investigação profunda e uma resposta jurídica à altura dos crimes praticados. Sua condenação serve de exemplo sobre as consequências de atos contra a democracia.
O que acontece a seguir?
Com a decisão tomada, cabe agora aos órgãos responsáveis a execução da sentença. O caso de Fátima de Tubarão será lembrado como um marco na luta contra delitos que atentam ao Estado Democrático de Direito no Brasil.
A condenação de Maria de Fátima Mendonça Jacinto demonstra o compromisso do STF com a preservação da ordem democrática e envia uma mensagem clara sobre a seriedade com que as instituições brasileiras tratam ameaças contra o país.
Revista D Marília / Fonte: Terra Brasil Notícias