
📸 Arte Metrópoles
Apesar do recorrente uso da Discord por grupos de extrema-direita e de exibição de estupros virtuais, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) se posicionou de forma contrária à suspensão da plataforma digital no Brasil, após ser consultada pelo Ministério Público Federal (MPF). A coluna Tácio Lorran procurou a rede social para se manifestar, mas até o fechamento desta reportagem não houve retorno.
A pasta argumentou, no último dia 7 de agosto, que apesar das denúncias contra a plataforma, a rede social Discord “tem colaborado efetivamente com as autoridades brasileiras, mas ainda enfrenta desafios em termos de moderação de conteúdo e identificação de comportamentos extremistas e crimes digitais”. O documento foi obtido pela coluna.
A demanda é da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PCDF) do MPF que investiga uma notícia de fato apresentada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) contra a rede social.
Na ocasião, Boulos requereu “suspensão imediata, completa e integral, do funcionamento da plataforma em território nacional, até que a plataforma se adeque à legislação nacional”. O deputado escreveu ainda que a empresa não tem uma subsidiária no Brasil e é representada no país por um escritório de advocacia.
O parlamentar acionou o MPF em abril deste ano após a repercussão do caso em que três jovens planejaram matar um morador de rua e transmitir o crime ao vivo na rede social.
“O grupo era monitorado há cinco meses e os agentes descobriram uma rede de jovens que utilizavam a plataforma Discord para praticar e divulgar os crimes. A polícia frustrou o ataque, mas revelou que servidores secretos no Discord eram usados para organizar ações brutais, com participação de até 150 pessoas em transmissões”, destacou o parlamentar no documento.
Fonte: Metrópoles
Fonte: Diário Do Brasil