
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O IPCA, índice considerado a inflação oficial do país, avançou 0,24% em junho, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 10, pelo IBGE.
Como a inflação somou 5,35% no acumulado de 12 meses, e superou o teto da meta estabelecido em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) por seis meses consecutivos, ficou confirmado que o Brasil descumpriu a meta de inflação.
O estouro do teto da meta forçará o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), para esclarecer os motivos do desvio, além de explicitar quais medidas deveriam ser adotadas para corrigir a rota da inflação.
A meta central de inflação é de 3% ao ano. Contudo, há uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos para que a meta seja dada como cumprida.
A inflação em junho
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, apenas o grupo alimentação e bebidas recuou em junho, enquanto os demais variaram positivamente ou estagnaram.
Os preços do grupo habitação foram os que tiveram maior aumento em junho: 0,99%.
“Com a vigência da bandeira tarifaria vermelha patamar 1 no mês de junho, adicionando R$4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, a energia elétrica residencial (2,96%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,12 p.p.). Foram registrados, também, os seguintes reajustes: 7,36% em Belo Horizonte (8,57%) vigente desde 28 de maio; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre (4,41%) a partir de 19 de junho; 1,97% em Curitiba (3,28%) desde 24 de junho e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro (1,29%) a partir de 17 de junho”, afirmou o IBGE.
No ano, energia elétrica residencial acumula alta de 6,93%.
Essa variação é a maior para um primeiro semestre desde 2018, quando o acumulado foi de 8,02%, segundo o IBGE.
Fonte: O Antagonista
Fonte Diário Brasil