Foto: Divulgação/Agência Câmara
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) protocolou nesta segunda-feira, 25, uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar acusa o petista de racismo por críticas a uma peça publicitária do governo federal exibida em evento internacional.
“O Brasil não pode aceitar que o presidente ataque o seu próprio povo com preconceito e discriminação”, disse o deputado.
Durante discurso em Sorocaba, no interior paulista, Lula se disse incomodado com a foto escolhida para representar o Brasil em um material produzido para a Alemanha. A imagem trazia um homem negro sorrindo, sem dentes, ao lado de uma mulher de aparência europeia.
Segundo relato do próprio petista, ele questionou o então ministro do Desenvolvimento Agrário sobre a escolha da fotografia.
“Você acha isso bonito?”, interpelou Lula. “Isso é fotografia para você colocar representando o Brasil no exterior? Um cara sem dente e ainda negro. Você não acha que isso é preconceito?”
O presidente acrescentou que mandou anular a página da publicação e substituir a imagem por outra. “Pode anular essa revista, joga essa página fora e faz uma foto de um cara com dente”.
Protocolei representação na PGR contra Lula por sua fala racista durante um evento oficial, ao criticar a imagem de um homem negro sem dentes em propaganda do governo. O Brasil não pode aceitar que o presidente ataque o seu próprio povo com preconceito e discriminação.
— Carlos Jordy (@carlosjordy) August 25, 2025
Lula associou episódio ao programa Brasil Sorridente
Lula também relacionou a crítica à propaganda ao lançamento do programa Brasil Sorridente, criado em 2004 para ampliar o acesso a serviços odontológicos no país. Segundo ele, a insatisfação com a representação do brasileiro na revista estrangeira ajudou a impulsionar a iniciativa.
O programa passou a oferecer atendimento em regiões carentes por meio de equipes móveis e ambulâncias especializadas.
Na semana passada, Lula entregou 400 unidades odontológicas móveis em diferentes cidades, investimento de R$ 153 milhões via Novo PAC Saúde. O governo calcula que 1,4 milhão de pessoas devem ser beneficiadas.
Fonte: Revista Oeste
Fonte: Diário Do Brasil
