📸Foto: Roberto Higa/Assembleia Legislativa MS

Juiz que condenou Beira-Mar vive “preso” e pede ao CNJ para sair 3 vezes por semana

Ter a liberdade de sair de casa três vezes por semana, por no máximo seis horas seguidas, sob vigilância. O pedido — que bem poderia ser de alguma defesa de réu ou condenado com tornozeleira eletrônica em busca de um benefício extra em uma progressão de pena para regime de prisão semiaberto ou domiciliar — é, na realidade, feito à Justiça por um dos maiores combatentes ao crime organizado na história recente do Brasil.

Depois de condenar pelo menos 114 traficantes internacionais de drogas — entre eles Fernandinho Beira-Mar, uma das lideranças máximas do Comando Vermelho na cadeia — a uma pena total de mais de 920 anos de prisão e aprender mais de 400 imóveis, 150 aviões e 890 veículos de luxo e caminhões, o juiz federal Odilon de Oliveira vive, ironicamente, como um prisioneiro trancado dentro de casa em Campo Grande (MT).

Após uma carreira de 30 anos como juiz federal — 20 deles vivendo sob uma pesada escolta da Polícia Federal — o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, em 2018, tirar a proteção policial de Odilon de Oliveira, alvo de diversos ataques concretos e ameaças contra sua vida. Desde então, ele vive por conta própria, assombrado pelas décadas de ameaças vindas de alguns dos grupos criminosos mais perigosos do país, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.

Fonte: Gazeta do Povo

Fonte: Diário Do Brasil

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Juiz que condenou Beira-Mar vive ‘preso’ e pede ao CNJ para sair três vezes por semana