Senador de primeiro mandato, Jorge Kajuru (Cidadania-GO) usa assessores pagos pela Casa para gerir um canal no YouTube que já rendeu um total de R$ 48.339,72 ao parlamentar desde 2019 A prática, porém, é questionada por especialistas e pelo Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU).
Conforme o Estadão revelou no domingo, sete deputados federais transformaram a divulgação da atividade parlamentar no Congresso em um negócio lucrativo no YouTube. Eles usam empresas contratadas com dinheiro da cota parlamentar e assessores para cuidar de canais no YouTube – a plataforma lhes paga por audiência.
Kajuru não usa recursos da cota parlamentar na gestão dos canais, mas admitiu que assessores do seu gabinete, pagos pela Casa, produzem vídeos para as redes sociais e para o YouTube. Kajuru tem 273 mil seguidores inscritos em seu canal.
A monetização dos canais, com pagamento de acordo com as visualizações dos vídeos em troca da veiculação de anúncios do YouTube, só é feita para quem se inscreveu no programa de parceiros do site, conforme as regras da plataforma. Ou seja, se não houve solicitação, não há inserção de anúncios nem arrecadação de recursos.
Kajuru afirmou que desde que a monetização começou no canal, em 2017, o dinheiro arrecadado no YouTube é usado para pagar funcionários, doações a instituições e na compra de equipamentos